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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Exposição Titanic em Curitiba - Meu depoimento

Curitiba foi a última parada da exposição no Brasil, onde permaneceu até 29 de janeiro de 2012.

Seja bem vindo ao TITANIC EM FOCO
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A exposição “Titanic, objetos reais, histórias reais” abriu em Curitiba, PR, em 28/10/2011 e permanece até janeiro de 2012. A mostra traz mais cerca de 240 artefatos reais recuperados dos destroços do Titanic à quase 4 Km de profundidade no Oceano Atlântico Norte, o local onde o grande navio naufragou em 15 de abril de 1912, a quase 100 anos atrás. As peças exibidas nesta exposição são reais, foram resgatadas pela empresa RMS Titanic INC, a única empresa no mundo judicialmente autorizada a recuperar, preservar e exibir os objetos resgatados do Titanic; a qual realiza este complicado processo através de ferramentas de alta tecnologia de exploração submarina e de avançados métodos de conservação de peças recuperadas do fundo do mar.
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A exposição reúne os mais variados objetos, que vão desde algumas das ferramentas usadas na manutenção do navio, componentes do próprio navio, jóias, dinheiro, moedas, louças, roupas, sapatos, documentos, cristais, prataria, entre muitos outros itens autênticos. Esta é a primeira vez que a exposição faz uma parada no Brasil e seguirá percorrendo o mundo, divulgando a verdadeira história do Titanic através de artefatos reais. Tudo isto primorosamente reunido nos leva numa grande viagem ao ano de 1912, causando uma forte ligação pessoal e emotiva entre expectador e história.
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Finalmente eu, Rodrigo, editor do TITANIC EM FOCO, tive a oportunidade de visitar a amostra de artefatos, onde estive em duas ocasiões (em 28/10 e em 20/11) acompanhado do amigo e grande admirador do Titanic, Jefferson Nitsche Krügger. 
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A matéria que se segue é a junção das nossas impressões tomadas nestas duas visitas que literalmente trouxeram para muito perto a história do Titanic e de seus ocupantes, tudo isto de modo absolutamente inesquecível.
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Siga então o que vimos e o que sentimos
Acompanhe
Depoimento do amigo Jefferson
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JEFFERSON NITSCHE KRÜGER - A expectativa para um evento sempre é grande, e se torna ainda maior quando se trata de um evento que marca a vida de qualquer fã. Apenas fato de a exposição Titanic vir ao Brasil foi algo que até agora estou sem palavras para descrever.
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A sensação após essa expectativa foi de grande alívio, de dever cumprido, valendo a pena esperar tanto tempo, a cada centavo gasto, pois a oportunidade de estar tão próximo de parte da história do Titanic já é um grande prêmio. Ter muitos dos objetos resgatados e expostos exatamente como foram deixados no fundo do mar após a tragédia, retorcidos, amassados, ainda que corroídos pela ação do tempo, mas mesmo assim preservando muitos detalhes, causa uma sensação de euforia.
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A mostra reúne alguns objetos que pertenciam à passageiros e ao lado uma breve descrição desse passageiro. O que me chamou bastante atenção foram os frascos de perfume que ainda preservam um sutil aroma de seu conteúdo. Outro forte ponto da exposição é a organização cronológica, o modo como é contada a história exposta ao visitante que recebe a informação de forma clara.
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Ao lado - Amostras de perfume que pertenceram ao passageiro Adolphe Saafeld (na foto abaixo), o qual sobreviveu, mas perdeu as pequenas amostras que levava aos Estados Unidos.
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Gostei da sensação que foi “tocar no iceberg”, puro gelo, temperatura baixíssima e ainda neste mesmo ambiente um soar de perigo, onde se ouvia sons do navio prestes a colidir. Neste momento fechei meus olhos toquei no iceberg e imaginei uma breve sensação do que foi naquela noite de 14 de abril de 1912. Outro ponto favorável é estar frente a frente às enormes fornalhas que eram constantemente alimentadas de carvão. O efeito de prolongamento das caldeiras é incrível, agora consigo entender a estratégia que o diretor James Cameron usara no filme Titanic, de 1997.
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E para finalizar quero relatar um fato curioso, eu e o amigo Rodrigo, encontramos na exposição (ou melhor ele nos achou hehe), um menino de nome Victor que é super fã do Titanic, que apesar de fã mirim já demonstra grande aptidão ao assunto.
Quero agradecer ao meu amigo Rodrigo por partilhar desse grande momento, e da oportunidade de expor minha experiência aqui no Titanic em Foco.
Meu depoimento (Rodrigo, Titanic em Foco)
Os "bilhetes de embarque"
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Réplica de um cartão de embarque. Clique e leia a descrição do passageiro.
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Para adentrar a exposição uma visita à bilheteria, o valor do ingresso foi de R$ 30,00. Ao passar pela catraca de entrada este ingresso foi somado com uma réplica de um cartão de embarque original, seguido de uma breve explicação da recepcionista sobre o cartão.
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Este cartão (ao lado) contém em seu verso uma breve história de um dos 2.200 ocupantes do Titanic, seus dados pessoais e a classe na qual se hospedou ou, em caso de ser um tripulante, o setor em que trabalhava.
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O intuito é de que o visitante descubra qual foi o destino final de “seu passageiro”. Isto é feito ao checar em um grande painel que relaciona os sobreviventes e os mortos na catástrofe, o qual fica na penúltima sala da exposição. Nas duas oportunidades em que estive na exposição, tão logo li o nome do passageiro em meu cartão de embarque, lembrei de quem se tratava, já conhecia as histórias de ambos.
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Na primeira visita (em 28/10) o nome “Edmond Roger Navratil” em meu cartão de embarque me fez lembrar de um jovem senhor que viajou na 2ª classe com os seus dois filhos que havia “raptado” da esposa na França. Grosseiro engano meu, na verdade “Edmond Roger Navratil” não se referia ao pai dos meninos, mas sim ao filho mais novo, de 02 anos de idade ( à esquerda do colo da mãe, Marcelle), o qual sobreviveu junto do irmão mais velho, mas ambos perderam o pai e ficaram conhecidos nos jornais como “OS ÓRFÃOS DO TITANIC”. Ambos os meninos só voltaram para a França após a mãe, Marcelle, ler a notícia nos jornais e finalmente descobrir o paradeiro de seus dois filhos.
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Na segunda visita (em 20/11) meu cartão de embarque registrava o passageiro “Benjamin Hart” (ao lado), o qual instantaneamente reconheci, visto que sabia da sua história dos muitos documentários que assisti. Lembrei-me de que ele estava hospedado na 2ª classe e pereceu no naufrágio. Sua filha, Eva Hart (com apenas 07 anos na época), se tornou uma das últimas sobreviventes do Titanic, ela faleceu em fevereiro de 1996, com 91 anos de idade e concedeu várias entrevistas para a TV.
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ENTRANDO NA EXPOSIÇÃO



A primeira de todas as impressões, na entrada da exposição, é uma enorme foto em alta resolução das hélices do Titanic, uma visão imensa. E ao olhar para os trabalhadores abaixo das hélices percebemos o quanto o navio era grande. Se esta foto fosse impressa em tamanho real certamente não haveria qualquer parede onde ela coubesse.




A maquete do Titanic
Na primeira sala está disposta, entre muitos objetos reais, uma grande maquete do Titanic dentro de uma vitrine. Este é um modelo completo em escala 1:100 com 2,69 m de comprimento, assim então seriam necessárias exatas 100 maquetes como esta enfileiradas uma após a outra para que o comprimento total do navio real fosse alcançado (2,69 m da maquete contra 269 m do Titanic real).
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O mesmo vale para a altura, seriam necessárias 100 maquetes como esta empilhadas uma sobre as outras para que a altura total do navio fosse alcançada (72 cm de altura da maquete contra 72 metros de altura do Titanic real).
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O modelo é feito de madeira e apresenta todos os detalhes, incluindo miniaturas de passageiros, causando um encantamento geral, confesso que admirei durante bons minutos cada detalhe.
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Apesar de muito bem construída, esta maquete apresenta muitos erros, peças em locais incorretos, portas com formato incorreto, detalhes que deixam a desejar e pequenos locais danificados. Ainda assim não perde em encanto, qualquer admirador do Titanic certamente gostaria de tê-la exposta em casa ou mesmo construir algo similar.
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A maquete em vídeoDivulgação - lucas1600
Cenografia, iluminação, sons e imagens
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Toda a exposição está em ordem cronológica, partindo da idealização do Titanic, construção, embarque, viagem, vida e trabalho a bordo, colisão, naufrágio, resgate e tributo. Deste modo também, todos os objetos estão distribuídos em salas com iluminação, sons ou músicas específicas, o que contribui para uma completa imersão do visitante na história do Titanic e de seus ocupantes. É como entrar em um outro mundo, por algumas horas esquecer de que existe luz do sol do lado de fora, ser envolvido pela história.
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Há uma grande quantidade de painéis com fotos de época que auxiliam o entendimento da exposição. Também há alguns vídeos curtos que são exibidos constantemente, tal como imagens da construção do Titanic, simulação do naufrágio e um vídeo com o processo de resgate dos artefatos.
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Reprodução de uma cabine da 1ª classe. Clique na foto e veja a cabine na qual esta reprodução foi baseada.
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Há a reprodução cenográfica de uma cabine da 1ª classe (ao lado) com um belo papel de parede vermelho e móveis de época ao estilo dos que foram instalados no Titanic. Os objetos espalhados em uma mesa e em uma penteadeira completam o clima de realismo. Esta é uma reprodução apenas aproximada, não é uma cópia fiel em detalhes, mas ilustra muito bem as acomodações dispostas aos ricos passageiros e que embarcaram naquela viagem fatal.
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Reprodução de uma cabine da 3ª classe do Titanic. Clique na imagem e veja uma cabine de 3ª classe do Olympic, o navio irmão do Titanic.
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Em um pequeno corredor havia uma réplica de uma cabine da 3ª classe com duas beliches cobertas com colchas vermelhas com grandes logotipos da White Star Line. Junto desta cabine alguns objetos referentes à 3ª classe estão exibidos dentro de uma vitrine e, surpreendentemente há uma maçaneta de metal que ainda preserva madeira ao seu redor, algo incrível, visto que quase todo o madeiramento do Titanic se diluiu durante as décadas no fundo do Oceano Atlântico, onde repousa desde a madrugada de 15 de abril de 1912.
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Reprodução de um corredor da 3ª classe. Clique na foto e veja um corredor do RMS Olympic, o navio irmão do Titanic.
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Neste corredor com a cabine da 3ª classe não há música, mas um som semelhante à vibrações e à grandes máquinas em funcionamento, o que completa a sensação de que se está dentro do navio. No fim do corredor, atrás de um portão pantográfico de estilo idêntico aos vistos no filme “Titanic” (1997), está um pequeno lance de escadas que parece levar mais além, mas pára por aí, o portão pantográfico está trancado.
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A cenografia também deixa à desejar pela falta de total exatidão se comparado às fotografias de época, mas ainda assim é caprichosa.
O que me chamou bastante atenção é que até mesmo as lâmpadas utilizadas nas luminárias são diferentes das convencionais que conhecemos. Nestas lâmpadas os filamentos são muitos e bem longos com uma cor âmbar, muito curiosa e diferente, bem ao estilo de época.
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Em uma das passagens entre as salas da exposição há uma enorme reprodução de uma porta a prova d’água em posição aberta acima de nossas cabeças (na foto à direita), assim como estavam as portas dos compartimentos do Titanic pouco antes da colisão as 23:40 em 14 de abril. Ao passar pela porta e olhando para cima, tive a impressão que ela desceria sobre nossas cabeças, e se realmente foi reproduzida em tamanho exato, posso dizer que as portas à prova d’água eram enormes e muito pesadas.
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Reprodução de uma das caldeiras do Titanic. Clique na foto e veja as caldeiras reais do Titanic antes de sua instalação.
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A sala seguinte está relacionada ao trabalho nas caldeiras, onde os artefatos expostos pertenceram a esta área do navio. Entre eles um grande bloco de carvão e uma enorme chave inglesa que teria sido usada no ajuste de válvulas de pressão da área das caldeiras. Nesta sala há a reprodução cenográfica de uma imensa fornalha, onde os operários abasteciam constantemente com com carvão triturado. Quando me aproximei das caldeiras, que continham inclusive simulação de fogo, ao olhar para os lados me surpreendi: Havia um jogo de dois enormes espelhos que fizeram com que uma única caldeira se multiplicasse em dezenas delas. A impressão de espaço foi tão real e a iluminação tão perfeita que me arrepiei, por um instante tive a clara impressão de estar dentro das entranhas do navio, uma ilusão muito realista.
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A sala que reconta a colisão com o iceberg talvez seja a que contenha o mais pesado clima de toda a exposição. Os objetos expostos somados à iluminação especial e um som assombroso (que nem mesmo sei descrever) causam arrepios e uma forte impressão de perigo. Nesta sala há um enorme iceberg (com cerca de 5 m de largura por 3 m de altura) totalmente congelado. Uma peça alegórica, é claro, onde pode-se tocar. Curioso é que se vê as marcas das mãos de visitantes anteriores em seu formato derretido no gelo.
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A conservação dos objetos
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A mostra reúne cerca de 240 objetos, os quais estão todos protegidos dentro de fortes caixas de vidro/acrílico com espessura de aproximadamente 10 mm e com uma iluminação indireta que possibilita a visualização dos detalhes. Em cada peça há uma pequena legenda que traz suas informações, e há bastante para ler. Absolutamente todos os artefatos estão muito bem protegidos e preservados e passaram por um caprichoso processo de preservação e limpeza que os mantém com todas as marcas da tragédia, ou seja, nada foi restaurado à sua condição de “novo”, apenas foram prestigiosamente conservados e limpos, mantendo todas as marcas, traumas e quebras causadas pelo violento naufrágio. .
Os objetos
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Ao percorrer as salas da exposição encontramos uma variedade tão grande de objetos do navio e pertences dos passageiros que torna-se impossível lembrar de todos eles. Entre eles estão peças de uso tão trivial como meias de lã até peças de grande requinte como louças utilizadas na 1ª classe; passando por peças do próprio Titanic que vão desde um vaso sanitário que pertencia à 3ª classe até uma das luminárias de bronze que pertenciam ao Convés de Botes.
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As peças em louça, assim como as de vidro, são impressionantes, pois se não possuem quebras estão no mais absoluto estado de conservação. Apenas uma pequena sujidade ou uma descoloração na pintura pode denunciar que a mesma esteve por mais de 75 anos no fundo do Atlântico. É realmente impressionante.
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Tigelas de louça perfeitamente preservadas. Clique na imagem e veja estas peças no fundo do mar, antes de serem resgatadas.
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Um conjunto de pequenas tigelas dentro de uma grande vitrine chama a atenção, estão estrategicamente posicionadas em fileira, assim como foram encontradas nos escombros do navio. Segundo o que consta estas tigelas estavam guardadas em um armário de madeira, e este armário diluiu-se com o passar das décadas, deixando as peças em perfeita ordem e totalmente intactas sobre o leito marinho.
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Assim como as peças em louça, muitos dos artefatos de metal estão em perfeita condição. Porém, enquanto alguns feitos em bronze estão praticamente intactos (ou apenas retorcidos), outros feitos com metais ferrosos se encontram bastante corroídos, como por exemplo as chaves inglesas que, neste caso, se assemelham à uma peça de madeira carbonizada, tamanha foi a corrosão e a cor negra atual.
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Um dos lustres de bronze da Sala de Fumantes da 1ª classe. Clique na imagem e veja a localização original desta peça.
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Destaque para um belo lustre da que integrava a Sala de Fumantes (ao lado), esta peça de bronze dourado é muito bela e, não fosse o estado contorcido, poderia perfeitamente ser utilizado, pois não apresenta marcas, apenas perdeu alguns de seus “braços”.
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Dentre os objetos de metal está um pequeno pedaço do casco do navio (na foto abaixo), a única peça autêntica em que o visitante pode tocar através de uma vitrine com um orifício circular. Este pedaço de aço confirma o que muitas vezes li: a espessura do casco do Titanic era de 2,5 cm, e realmente era.
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Abaixo: Protegido no interior de uma grossa vitrine horizontal, o pequeno fragmento do casco do Titanic que foi "rasgado" durante a violenta ruptura do navio por volta das 2:15 da madrugada de 15 de abril de 1912. Medindo não mais do que 45 cm de uma ponta à outra, a peça revestida em cera podia ser tocada pelo visitante por um orifício circular. Um pequeno fragmento de aço que contém em sí mais de 100 anos de história, testemunha de uma das tragédias mais emocionalmente imortais da história da navegação.
Base de bronze do timão da ponte de atracagem traseira, localizada na popa do Titanic. Clique na imagem e veja a localização original desta peça.
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Também em metal, neste caso bronze, uma das peças mais impressionantes: a base do timão (volante do navio). Esta peça não ficava na ponte de comando e não foi usada na noite da tragédia. Haviam três deles no Titanic e este pertencia à ponte de atracagem traseira, uma espécie de ponte de comando de apoio que era utilizada em manobras de atracagem nos portos.
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Esta base do timão está totalmente preservada, mas perdeu o timão que era de madeira, em seu topo pude ler: “PORT” e “STARB”, ou seja, BOMBORDO E ESTIBORDO (esquerda e direita), e isto me fez lembrar as manobras desesperadas de desvio do iceberg na noite de 14 de abril.
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Os mais impressionantes e inacreditáveis objetos não são parte do navio em si. São pertences dos passageiros como documentos, dinheiro, cartas de baralho, cartas escritas a mão e roupas.
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Estes objetos estão em ótimo estado de conservação tendo em vista a sua grande fragilidade e, segundo o que consta, a preservação só aconteceu devido ao fato de que estas peças foram encontradas dentro de bolsas de couro, um material de enorme resistência à corrosão que contribuiu para que roupas e papéis fossem resgatados e conservados. Uma toalha de banho me causou muita reflexão, por curioso e engraçado que possa soar, nela havia bordado em uma das extremidades o nome de seu proprietário, algo muito pessoal.
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O painel memorial
Ao chegar no fim da exposição, na penúltima das salas, há um imenso painel memorial com os nomes de todos os que estavam no Titanic, incluindo-se os tripulantes.
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Este painel está divido entre 1ª classe, 2ª classe, 3ª classe e tripulação, além da divisão por setores também estão divididos entre sobreviventes e mortos na tragédia. Neste grande painel o visitante confere o que houve com o passageiro de seu cartão de embarque. Não cheguei a conferir porque já conhecia as histórias de “meus passageiros”, mas ajudei à conferir, uma tarefa complicada tendo em vista que são pouco mais de 2.200 nomes. Os nomes do painel estão dispostos na típica grafia dos norte-americanos: primeiro o sobrenome, depois o nome e os cartões recebidos na entrada da exposição trazem o modo brasileiro de grafia: primeiro nome, depois sobrenome, e este desencontro de grafias dificulta muito a procura.
A loja de lembranças
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Finalizando a caminhada histórica pelas salas da exposição, a última delas é uma pequena loja de lembranças relacionadas ao Titanic, entre as quais estão reproduções de louça, colares, jornais com as notícias da tragédia, caixas de acrílico com pequenos pedaços de carvão recuperados dos escombros, entre outros itens modernos de recordação, como agendas, canecas e camisetas. Esta pequena loja não teve estoque de reposição contínua, a organização veio ao Brasil com um só lote de produtos, portanto em Curitiba (a última parada) os objetos já eram poucos, as últimas peças. Adquiri alguns poucos itens, apenas peças históricas. Segue abaixo meus itens.
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Fragmento de carvão
Um pequeno fragmento de carvão recuperado dos escombros alojado dentro de um estojo de acrílico resistente. A peça vêm com logotipo da empresa RMS Titanic INC, a única empresa autorizada judicialmente à recuperar, preservar e expor os artefatos do Titanic.
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Na parte frontal da caixa lê-se:
CERTIFICADO DE AUTENTICIDADE
Este carvão foi recuperado dos escombros do Titanic durante a expedição de pesquisa e resgate de 1994.
Objeto Nº 94/0036
Autenticado pela RMS Titanic, Inc
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"Dos quase 900 membros da tripulação que mantinham o Titanic em funcionamento, nenhum deles trabalhava mais pesado dos que os trabalhadores das caldeiras. Nos profundos recessos do navio, 29 caldeiras medindo mais de 4,5 m de diâmetro, produziam o vapor de alta pressão necessário para impulsionar os motores do Titanic e o seu maquinário. O combustível para estas caldeiras era o carvão, e a cada dia mais de 650 Toneladas deste carvão tinha de ser movida dos estoques para os carvoeiros e lançados aos fornos manualmente. Estes homens, conhecidos popularmente como a "gangue negra" devido à seus corpos cobertos de poeira de carvão, eram a verdadeira máquina que dirigiram o Titanic em direção à New York."
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"Este carvão, que é uma limitada peça da história, continua sendo o único artefato autêntico recuperado dos escombros do Titanic disponível para venda."
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Me foi feita a pergunta: Seria mesmo um carvão autêntico?
A única resposta que concebi é de que a autenticidade do pequeno fragmento é uma relação entre a boa fé da empresa RMS Titanic INC e a crença de quem adquire um carvão como este. Adquiri apenas como uma lembrança da exposição, e nem mesmo que o estojo viesse junto de uma autenticação em cartório, ele não deixaria de ser um simples e mero pedaço de carvão dentro de uma proteção, nada mais que isto.
É ou não é? Não sei, à mim sinceramente não preocupa.
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Réplica de prato de sopa com padrão da terceira classe
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Este prato é uma reprodução, peça muito simples, traz apenas um logotipo vermelho da empresa White Star Line, a proprietária do Titanic.
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Apesar de simples, a peça é bastante pesada e resistente, confirmando os dados que dizem que a louça destinada à terceira classe tinha de ser resistente à quebras, devido a simplicidade e talvez “desleixo” pensado sobre os passageiros por parte da empresa.
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Réplica de recipiente de louça para creme dental
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Esta é uma peça curiosa, segundo o que consta foi resgatado uma peça como esta (ou várias) dos escombros do navio.
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Ela é, na verdade, um recipiente onde os ricos passageiros depositavam creme dental, o qual era manipulado nas boticas (farmácias) e vendidos com o nome do químico responsável e a seguinte inscrição na tampa:
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“PASTA DE DENTE DE CEREJA - EXTRA ÚMIDA - para embelezar e preservar os dentes e gengivas - Preparado por John Cosnell & Co LTD, Londres - PATROCINADO PELA RAINHA”
(a rainha, neste caso, é a Rainha Vitória da Inglaterra, falecida em janeiro de 1901)


Réplicas de jornais com as notícias da tragédia
Adquiri duas réplicas de jornais, um deles o “THE NEW YORK TIMES” e o outro “THE NEW YORK AMERICAN”, ambos com as primeiras notícias do naufrágio na capa.
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O “TIMES” é uma compilação selecionada de notícias relacionadas ao Titanic de 16 de abril até 28 de abril de 1912, com dados parciais até notícias mais precisas, publicadas nos dias posteriores quando a tragédia finalmente foi compreendida.

O “THE NEW YORK AMERICAN” traz um enorme anúncio:
“J. J. Astor perdido no Titanic, 1.200 à 1.500 MORTOS”
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Esta manchete foi publicada em 16 de abril de 1912, ou seja, apenas 1 dia depois da tragédia.
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Livreto introdutório da RMS Titanic Inc. e da exposição




Este livro descreve parte da história do Titanic ao se utilizar das fotografias de época e fotografias dos artefatos resgatados pela empresa RMS Titanic INC. Nele é descrito brevemente como funciona o processo de pesquisa, exploração, resgate e preservação dos objetos históricos do Titanic. A publicação é totalmente ilustrada e contem 48 páginas. .
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Depoimento para a TV
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No primeiro dia da exposição, 28 de outubro, prestei um breve depoimento para a equipe de reportagem do CNT Jornal, acompanhe no vídeo abaixo, minha aparição está em 0:50 min.

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Reportagem Jornal Gazeta do Povo
Conclusão
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Pessoalmente indico a exposição para todo o público. Os mais bem informados terão a chance de finalmente "encontrar a história cara a cara", comprovar que a realidade existe e pode até mesmo ser tocada. Aos admiradores menos informados é também uma experiência sem igual, tanto se pode realmente entender a história, quanto aprender mais sobre como tudo ocorreu e como realmente foi o Titanic e a vida de algumas das pessoas que nele estiveram.
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Ao público que não conhece a história certamente também é uma visita inesquecível, um encontro com um fato que marcou a humanidade e que percorre o mundo através da mídia e da cultura popular. Além de que é surpreendente observar o quanto os objetos estão bem preservados, peças que passaram mais de 75 anos debaixo de 4Km de água salgada e hoje permanecem, em alguns casos, intactas.
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Fui à exposição por duas vezes, e confesso que minha mente não absorveu toda a grandiosidade daquilo que lá eu vi, é como se não fosse capaz de compreender a dimensão histórica e a monumental tragédia do Titanic e de seus ocupantes.
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E creio que seja exatamente por isto que somos incapazes de apreender com exatidão o que isto tudo significa, visto que a história do Titanic se transformou em uma tragédia grega (literalmente falando) deixando uma mensagem tão forte que dificilmente será apagada. E distante de qualquer fanatismo ou lendas, a mensagem é a seguinte:
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“Nada que a humanidade propõe pela sua evolução ou tecnologia é infalível, e o sucesso de qualquer empreendimento depende única e tão somente de nossa cautela, atenção, respeito e da eterna consciência de que somos meras criaturas, quem dispõe e governa é Deus, assim foi e sempre será.”
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Penso que a tragédia do Titanic, apesar de muitas fantasias e boatos sem fundamento, é uma mensagem de que somos falíveis e, ainda que sejamos livres para evoluir e fazer coisas grandiosas, temos de ser cautelosos e lembrar-mos que somos meros mortais, criaturas falíveis, frágeis e, por vezes, arrogantes.
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Para especialistas, estudiosos, religiosos, cientistas, historiadores, admiradores, curiosos ou fãs, o TITANIC seguirá trazendo algo de construtivo, encantamento ou algum ensinamento. E assim esta lenda segue causando um eterno movimento de interesse, numa viagem que começou em 10 de abril de 1912, mas que dificilmente encontrará um porto de destino. O Titanic navegará indeterminadamente pelos mares da cultura popular. Ele foi, é e continuará sendo uma história atemporal e imortal.
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E se este interesse nos faz aprender algo, então isto tudo torna-se muito válido.
Serviço
Local: ParkShoppingBarigüi – ParkCultural
Endereço: Rua Professor Pedro Viriato Parigot de Souza, 600 - Ecoville
Horários
Segunda a Sexta: das 11h às 22h (acesso à exposição até as 21hs).
Sábado, domingo e feriados: das 10hs às 22hs (acesso à exposição até as 21hs).
Preço: Inteira -30,00 / Meia entrada - 15,00 / Crianças de 0 à 02 anos - Grátis

Crédito
Composição de texto e edição de imagens - Rodrigo, TITANIC EM FOCO
Agradecimento
Ao amigo Jefferson Nitsche Krügger

34 comentários:

Jefferson disse...

Primeiramente quero parabenizar meu amigo Rodrigo pela otima composição do texto, que relata incriveis detalhes e faz com que o leitor se imagine na exposição ou ative a vontade de estar realmente lá.
A exposição do Titanic é uma coisa incrivel, todos aqueles objetos reais na nossa frente, alguns podendo ser tocados é uma sensação incrivel. Os sons que ecoavam pelas salas posteriores se você fecha os olhos da a impressão de estar vivcendo o momento da tragédia. As musicas também ajudam a nos ambientar no navio.
Parabéns por ter visitado uma segunda vez, ainda pretendo ir mais uma pelo menos.
Grande abraço.

Mário Monteiro disse...

adorei vos ver no video, quando a mesma exposição esteve aqui, eu era o Thomas Andrews! =)

Jefferson disse...

Mario se deu bem heim, Thomas Andrews legal :D

Mário Monteiro disse...

amigo, publiquei hoje sobre a vossa exposiçao, espero que goste.

Luciano disse...

Puxa, que ótimo, fico feliz por vcs terem ido! deve ter sido mesmo uma experiência inesquecivel!
Eu queria ir, mas naum vem pra SP... uma pena, realmente uma pena, pq eu com certeza estaria lá

Leonardo disse...

Fiz questão de ler atentamente, levei até um certo tempo aqui mas enfim rs...olha Rodrigo, acho que qualquer coisa que dissesse não seria o suficiente para parabeniza-lo com a matéria, está incrível, excelente, está muito detalhado, no decorrer da leitura me senti estando até lá dentro da exposição haha.
Parabéns Rodrigo, você conseguiu transformar a magia da exposição em letras, valeu muito a pena gastar um tempo para ler a matéria, porque como você já sabe, eu e muita gente não terá essa oportunidade que vocês tiveram infelizmente, mas você conseguiu descrever a sua experiencia de tal forma, que deu para imaginar o quanto é perfeita essa exposição...PARABÉNS PELA DEDICAÇÃO AMIGO!

Rodrigo disse...

Olá Leonardo

Mais do que fazer uma matéria e repassar minhas impressões, queria poder expressar o quanto esta exposição trouxe reflexão, um profundo sentimento de respeito às pessoas que foram afetadas pela tragédia do Titanic.

Foi somente visitando a exposição que percebi o quanto a história pode ser recontada através dos objetos e, ao mesmo tempo, percebi o quão infinitamente pouco importante são os objetos em sí, pois apesar de fazerem parte de uma história tão imortal, não são os objetos a verdadeira parte afetada pela tragédia do Titanic: Todo o verdadeiro significado e lição do Titanic não está em "coisas", "pedaços", mas sim nas pessoas que nele estiveram ou que por ele foram afetadas.

Estamos muito errados ao olhar para o Titanic e lembrar apenas do luxo, do navio, da parte material...

O Titanic foi unica e tão somente um veículo de transporte, assim como dezenas de tantos outros grandes navios.

Os pedaços do navio que hoje restam são apenas um link para o verdadeiro legado deixado: A VIDA DAS PESSOAS, e a percepção de quanto somos frágeis, de como nossas vidas são passageiras e o quanto devemos ser conscientes que somos meras criaturas...

Fui à exposição, e trouxe dela muito mais do que lembranças na memória e lembranças materiais. Trouxe comigo o sentimento de que temos de viver a vida plenamente, sempre conscientes de que somos seres passageiros, há realmente um SER superior que rege e governa tudo ao nosso entorno.

Grato pela atenção, é sempre um prazser saber que expresso minha admiração e sou correspondido por pessoas que também conseguem enxergar o que isto tudo significa.

Queria eu que a exposição percorresse mais estados e que permanecesse mais tempo, dando oportunidade para tantas outras pessoas que querem se aproximar da história, certamente é um grande aprendizado.

Talia... disse...

Oiie,nossa deve ser incrivel ai,eu moro no litoral norte de santa catarina em janeiro vou estar indo pra curitiba no na exposição tenho certeza q eu vo chorar de tanta emoçao la dentro bjs

Matheus disse...

a exposição ainda esta em curitiba?
onde está? quando posso vela?
fiquei muito curioso, e arrependido de não ter ido

Rodrigo disse...

Matheus, a exposição ainda está em Curitiba e fica até o dia 29/01. Depois de Curitiba ela retorna a turnê mundial,rumo aos Estados Unidos. Portanto se ainda puder visitar, aconselho que vá, Curitiba é a última parada no Brasil...

Boa Sorte

Jlset disse...
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Jlset disse...
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Jlset disse...

Tenho 16 anos, também moro em Curitiba e sou um eterno admirador do RMS Titanic. Quando soube que a exposição estava vindo ao Brasil o processo de anciedade começou, esperei muito tempo, quando a exposição ainda se encontrava em Brasília DF um amigo de lá visitou, e fiquei horas e horas interrogando o mesmo a cerca dos detalhes, fato que impressionou-o que não conhecia esse meu lado amante pela história do navio. E chegou o dia, infelizmente nao tive como ir na semana de estréia da exposição pois não estava em Curitiba, mas quando cheguei não esperei e fui em direção a tão aguardada e nostálgica na minha opinião TITANIC A EXPOSIÇÃO. Levaria muito tempo pra explicar qual a sensação de pisar naquilo, a cada sala visitada, a cada objeto visualizado o meu coração disparava, eu nao conseguia acreditar que eu estava proximo aos objetos do Titanic, pois para os fãs isso foi o mais proximo que conseguimos chegar do Navio, tanto o clima, como a sensação de realmente estar dentro do navio. Para mim a exposição teve grandes momentos fortes, mas destacado o que realmente me deixou muito emocionado, foi o fato de encostar no casco do navio, eu não consigo explicar o que foi aquilo, mas eu estava encostando no Titanic "o navio dos sonhos" e talvez fosse a única oportunidade de fazer aquilo, então fiquei cerca de 5 minutos a frente daquela peça. Sempre tive admiração pela Sra Margaret Brown, nossa Inafundavel Molly, sua personalidade me impressiona a cada dia que leio algo sobre a mesma, e na exposição algumas duvidas foram tiradas, iconizando ainda mais essa mulher forte. Minha segunda e ultima visita foi no dia 28, quando a exposicao estava no fim, fiquei triste pois a repilica do Iceberg nao estava funcionando, sendo um dos momentos grandiosos da exibição. De tudo o que eu queria ressaltar já esta escrito acima, por essa grandiosa matéria, deixo aqui os meus parabéns ao Rodrigo, infelizmente acabei conhecendo esse blog ontem, porque senão ja estaria explorando cada detalhe, e conhecendo ainda mais a historia. Todos que visitam Titanic a exposição sabem qual é a sensação, para os fãs mesmo depois da visita quando você nao consegue parar de imaginar e raciocinar o que foi visto, cada detalhe reconhecido, cada memoria abrangente, cada letra escrita que penetrou na mente e que será admirado por muitas outras pessoas ao redor do mundo.

Rodrigo disse...

Olá Jlset seja bem vindo ao TITANIC EM FOCO. Que bom que teve a oportunidade de visitar, pois para quem admira foi uma oportunidade que dificilmente se repetirá no Brasil.


A experiência de quem já conhece a história e sente alguma admiração é bem diferente das pessoas que são apenas "curiosas", as emoções são bem diferentes de pessoa à pessoa.

Durante um bom tempo (desde que me interessei pelo Titanic) tive a sensação de "o mais belo navio de todos os tempos", a história mais impressionante de todos os tempos", o "melhor filme de todos os tempos",,,

E demorou anos para poder entender que nada disto é verdade, foi só revirando a verdade que pude, enfim, compreender que o verdadeiro sentido da fama e grandeza da história do Titanic foi a tragédia e as pessoas afetadas pelo desastre. O que potencializou o Titanic ao extremo (maior, melhor, mais...) foi o drama pessoal, e não o navio em si em nem o filme de 1997.

Depois do desastre do Titanic foram construídos navios maiores, melhores, mais luxuosos...... aconteceram tragédias maiores, mais mortais... Mas a história do Titanic segue viva, em grande parte por ter deixado boas lições, histórias de heroismo, mudanças radicais nas leis, entre outras coisas.

Nos últimos tempos finalmente consegui tirar o olhar "material" ao Titanic, entender que o que realmente importa não é o navio em si, nunca foi... mas sim as pessoas e as histórias pessoas que, somadas, deixam grandes e eternas lições. Muita gente vive a inversão de valores quando pensa no titanic, especialmente quem é admirador,,, curiosamente quem não é admirador consegue ver a história pelo lado que realmente importa: o lado humano.

O mais grandioso que considero (depois de ir à exposição), é que finalmente tirei aquele sentimento de lenda, aquela sensação de que tudo foi um espetáculo acontecido imensamente longe e há tanto tempo. Agora creio que minha admiração toma outro rumo, uma fase mais tranquila e reflexiva, parece que a história finalmente "aportou" em algum lugar na minha mente... O único momento em que me emocionei na exposição, foi quando olhei para a pequena foto memorial de Millvina Dean, na última sala... 240 objetos me trouxeram muita história, mas 1 foto me trouxe verdadeira emoção e reflexão...

Depois de ir, parei e pensei:

"São 240 objetos que, se analisados friamente, não passam quase que na totalidade de um amontoado de entulho... não fosse a história que os trouxe até aqui e se estivessem despejados em algum lugar qualquer, pouco valor estas peças teriam... Objetos são apenas objetos, e o valor que se deposita neles depende apenas e tão somente das histórias em que eles se inserem... e no caso dos objetos do Titanic: uma tragédia de conhecimento mundial..."

Acho que posso resumir assim, foi o que senti.

E vamos em frente, sendo curiosos admiradores do Titanic. Mas tendo constantemente que eternamente a conciência de que navios são apenas navios... objetos são apenas objetos... As histórias são contadas também por "coisas, objetos",,, mas nada vale mais do que as vidas, e quem dera que as pessoas que estiveram no Titanic pudessem ter contado em seus lares a sua alegre estadia no Titanic, e que ele jamais tivesse naufragado para podermos hoje saber dele, que ele tivesse sido literalmente apenas mais um entre tantos outros navios grandiosos do passado.

E que fantástico seria se a história do RMS Titanic hoje não passasse de um mero artigo na Wikipedia relatando a carreira de um navio inglês que fez sua primeira viagem em abril de 1912 e foi demolido nos idos dos anos de 1930.... enfim,, que o Titanic tivesse sido um navio como outros tantos foram...


Até mais.

mariana antonelli disse...

oi rodrigo tudo bem?
lembra que eu disse que veria a exposição do titanic de las vegas?
eu vi e me apaixonei,foi dez vezes melhor do que a exposição que teve no brasil, tive a oportunidade de ver a grande peça do casco,que foi o maior pedaço resgatado é imenso,mesmo pra uma peça pequena considerando o navio como um todo,eu tb tirei um foto ao lado da grande escadaria,mas a replica mesmo,sem falar que comprei belos suvernirs,o mais belo de todos uma colcha que é toda bordada e tem o poster da white star line do titanic,foi algo incrivel essa exposição, e se os fãs do titanic tiverem a chance de ver esta de las vegas,eu recomendo com toda certeza...Até a vista, abraços..!!

Rodrigo disse...

Olá Mariana, tudo em paz... sim, lembro de você ter me dito de sua futura visita.

Que bom que realmente visitou, espero que tenha trazido mais do que peças materiais, que tenha encontrado o verdadeiro sentido desta história.

Poucas peças, muitas, peças, mais grandiosa ou de menor porte... não importa. Estar em contato com a história do Titanic têm de estar acima de ver, tocar... é preciso, em primeiro lugar, encontrar o verdadeiro SENTIDO HUMANO desta história.

E quem dera as pessoas finalmente entendessem que o valor e sentido da história do Titanic não está no navio, não está nos escombros e não está em objetos...

A história do Titanic têm de estar viva pelo seu lado humanitário, e este ângulo têm que sobressair acima de qualquer outra coisa... filmes, livros, sites e fanatismo.

O mundo vive um grande inversão de valores, onde as "coisas e objetos" hoje valem mais do que as vidas.

E se ver as peças que pertenceram ao navio e aos que nele embarcaram nos traz reflexão e alguma boa lição... então uma visita como esta torna-se plenamente válida.

Abraço.

Rodrigo, TITANIC EM FOCO

Bruno Martins disse...

Olá Rodrigo meu nome é Bruno.moro em Porto Alegre RS.Um dia eu estava no porto observando os navios encalhados e pensei.Nossa a anos esses navios estão aqui e pensei em um no fundo do mar e lembrei do Titanic.30 minutos depois cheguei em casa e liguei o PC,fui no Google e procurei e achei este blogger e me apaixonei pela história do navio procurei vidios,pesquisas,sites e adorei.Eu não era nascido ainda quando lançaram o TITANIC em 1997 e em abril vou assistir em 3D no cinema vai ser muito legal.E gostaria de perguntar não sei se vc é contra ou não de a retirado do navio do fundo do mar?Eu fico pensando mais se eles retirarem o navio como eles vão levar para o solo e onde eles iam botar a carcaça do navio? Bom parabéns pelo blogger que faça muito susseso Abraço Bruno Martins

Rodrigo disse...

Olá Bruno, seja bem vindo

Em primeiro lugar, agradeço a atenção ao Titanic em Foco, o blog nasceu porque tenho admiração e curiosidade pela história e só se mantém porque recebo o retorno do leitor, assim como você acaba de fazer.

Bom, a retirada do Titanic do fundo do mar é apenas uma "batida" lenda urbana. Não há equipamento no mundo inteiro que seja capaz desta operação. Para que o Titanic fosse retirado do mar nas condições em que se encontra, seria necessário a construção de uma estrutura absurdamente grande e cara, um tipo de equiopamento que jamais se viu na história. Sem dizer que esta seria uma operação complicadíssima e extremamente perigosa, e que a proa do navio está firmemente atolada cerca de 07andares no solo marinho. Além de que a estrutura do Titanic, apesar de enganosamente forte, está cada vez mais frágil, e desabará nas próximas décadas. Fora que não seria apenas "retirar o navio", teria de existir uma espécie de guindaste capaz de transportá-lo; Num resumo geral: esta é uma operação virtualmente impossível.

Mas falando hipoteticamente, se ele fosse retirado do mar, local para colocá-lo não faltaria, afinal o dinheiro obtido na exposição do casco seria algo impressionante, qualquer país estaria altamente interessado.

Pessoalmente sou contra a retirada do navio inteiro ou de "arrancar peças" dos escombros. o Titanic é, como disseram vários sobreviventes, um túmulo de seus familiares. E em se tratando de sepulturas, é imprescindível e indispensável que haja respeito.

Mas sou a favor de que os objetos soltos continuem a ser resgatados e preservados, sendo expostos em museus, mas sem a venda de peças à colecionadores. Acho uma vergonhosa falta de respeito a obtenção de lucro através da venda de peças. E como sabemos, pelo menos por enquanto a lei proibe que haja comercilaização de artefatos do Titanic (artefatos retirados do mar). Expôr estas peças é um dos meios de manter viva a memória e a história.

Um blog como é o Titanic em Foco, pode passar a falsa impressão de que haja uma pessoa deslumbrada e fanática responsável pela edição; mas não há. Tenho um grande e profundo respeito à memória das pessoas afetadas pela tragédia, assim como tenho respeito pelas vítimas de qualquer outra tragédia, sejam tragédias de conhecimento mundial (como a bomba de Hiroshima ou o 11 de setembro), ou pessoas que pagam com as vidas nas tantas tragédias que vemos pelos jornais todo dia.

A história do Titanic desperta uma eterna onda de interesse e um fanatismo que é totalmente dispensável;

Considero que, em primeiro lugar e antes de tudo, jamais podemos esquecer que o Titanic foi uma tragédia infeliz, que custou a vida de mais de 1500 pessoas, entre ricos e pobres, entre homens, mulheres e crianças. Uma palavra sempre tem que estar em mente: RESPEITO.


Desculpe o texto, seja sempre bem vindo.

Bruno Martins disse...

Olá Rorigo,bem pensei nesse seu lado de opinião e vc realmente esta certo.Vi o documentário de uma sobrevivente a Eva Miriam Hart e certa vez ela disse:Não gosto da tentativa de retirada do Titanic do mar é como se mechesem na sepultura do meu pai e de várias pessoas vítimas do náufragio e da venda de objetos de dentro da carcaça do navio acho um absurdo alguem querer tirar proveito do que sobrou da trágedia.E é verdade tb tenho muito respeito pela história,o naviu e principalmente das pessoas vitimas e só pq elas morreram não quer diser q não merexem respeito. Abraço e susseso Bruno Martins

joe disse...

Ola Rodrigo, parabens pelo trabalho, li e viajei, incrivel a montagem de clicar na figura e ve-la, ali intacta e nova em seu devido lugar, me arrepiei, muito legal, nao veio a manaus essa maravilha de exposicao, mas aprendi muito lendo seu texto, abraço do Joelson Yanni

Rodrigo disse...

Oi Joe, obrigado pela atenção à matéria.
Eu também considerei uma lástima a exposição ter passado apenas em três estados, pois o público de admiradores e curiosos está no Brasil inteiro, não é um público isolado.

Escrevi o texto porque eu mesmo queria marcar na memória minha visita, foi uma visita de muita admiração, emoção e reflexão. Saí de lá com outra visão com relação à história.

Novamente grato pela atenção ao Titanic em Foco, seja bem vindo.

Titanic Downlaods disse...

Uau, muito legal esse seu Post. Também tive nessa exposição e minha expectativa foi muito diferente do que pensei. Acreditei que iria ser tudo uma novidade pra mim mas, parecia tudo tão familiar, como se eu ja soubesse o que fosse encontrar ali. Mas também foi uma experiência única e emocionante, pois uma expoxição do Titanic no Brasil, nunca achei que fosse possível. Mas seu post ficou muito bom. Parabéns.

Abel disse...

Olá pessoal.
Rodrigo os meus sinceros parabéns, e continua, estás no bom caminho.
Deverei ser o utilizador português mais frequente do teu blog, pk realmente tem histórias fidedignas, e graças a ti há uma excelente informação na nossa língua.
Mais uma vez obrigado.

Rodrigo disse...

Oi Abel, só posso agradecer pelas palavras. O Titanic em Foco foi a única forma que encontrei de tentar manter meu interesse pela história de um modo mais prático e calmo. É claro, passo longe de cobrir tudo, ou da qualidade que deveria aplicar ao blog. Mas enfim, faço o que está dentro da minha curta possibilidade. Acredito que com uma atenção bem tranquila há mais proveito de tanto interesse. E é assim que sigo.

Até mais, novamente e sempre grato.

Bruno Beneciutti disse...

Olá Rodrigo, meus parabéns pelo blog, sempre que posso acesso e dou uma olhada nas novidades postadas, sou fã do titanic, desde o lançamento do filme, e desde então o fascinio sempre aumentou pelos anos, através de seu blog, soube de fatos e histórias que até então desconhecia, continue sempre assim alimentando a imaginação de todos aqueles que como eu adoram a fascinante história deste navio!

Rodrigo disse...

Oi Bruno

Muito obrigado pela atenção ao conteúdo do blog, é um prazer receber sua opinião. Eu gostaria de poder expandir e melhorar o conteúdo muito mais; mas faço aquilo que está em meu curto alcance tendo em vista o aspecto amador e não comercial do "Titanic em Foco".

Até mais, espero manter o blog por longos anos e ainda trazer conteúdo interessante nos próximos tempos. Abraço.

Anônimo disse...

Caro amigo Rodrigo,
Há dias que penso em lhe escrever, mas seu blog é tão vasto que eu vou deixando para amanhã...
Como meu tempo é curto, estou há semanas devorando este relato fantástico deste navio.
Tenho quase 48 anos e há pelo menos 30 anos que ouço e assisto a história do navio... sempre me fascinou quando na década de 80 assisti 'a night to remember'...
Quero parabenizar pelo blog completíssimo, expondo tópicos nunca antes expostos com detalhes...A minha 'inveja' virtual
é que não pude comparecer à exposição, pois moro no interior, dificultando a viagem e mesmo a notícia de tal exposição.
Espero que continue com novidades, que com certeza virão e nos deixe informados sempre com o texto leve e explicativo com que você posta no site.

Um abraço,

Alonso,
Itamaraju-BA

Rodrigo disse...

Oi Alonso, muito obrigado pelas palavras e pelo apoio ao blog, fico muito satisfeito em saber que o conteúdo aqui prestado é informativo. Sinceramente eu gostaria de tornar o blog mais ativo e mais informativo, melhorando a qualidade; mas faço o que está ao meu curto alcance de 'curioso entusiasta', que é o que eu sou.

Se seu interesse começou por "A Night to Remember", posso te dizer que começou por uma das melhores formas; este filme é hoje o mais célebre entre os entusiastas que focam na história verídica de maneira direta. Certamente você também acompanhou a divulgação da descoberta dos destroços em 1985. Metaforicamente falando, eu “cheguei” um ano depois... e só soube sobre a história do Titanic 12 anos depois, em 1997, quando o filme de Cameron foi lançado.

Minha ida à exposição “Titanic: Objetos Reais, Histórias Reais” foi um caso de pura sorte, se ela não tivesse passado pela capital eu não teria conseguido visitar. Foram duas visitas de muita história e de muita reflexão, por isto mesmo fiz questão de registrar aqui no blog.

Espero manter o Titanc em Foco por muito tempo, sempre de maneira tranquila como sempre foi; mas sempre tentando ser o mais assertivo possível, porque a história e legado do Titanic merecem estar ao alcance de quem é interessado; tudo isto tem bastante a ensinar. Minha maneira é totalmente simples, mas sempre com respeito à história.

Abraço, mais uma vez agradeço o apoio.

Anônimo disse...

A exposição vai esta aqui na Bélgica estou lendo suas postagem Bem interessante gostei muito estou super ansiosa para privilegiar a exposição .Parabéns

Abraços
Srta. Alcântara

Rodrigo disse...

Olá, boa noite.

Obrigado pela atenção à matéria, fico feliz em saber que gostou.

Aproveite bem a visita à exposição, é uma bela oportunidade de conhecer a história de perto, comprovar a veracidade de tudo aquilo que tanto se lê hoje em dia.

A vinda da exposição ao Brasil em 2011-12 foi para mim uma surpresa sem igual, eu não imaginava que a RMS Titanic Inc. colocaria o Brasil em seu intinerário. Fui, vi, apreendi a dimensão histórica de tudo aquilo que lá estava e me emocionei. Saí de lá com uma nova visão de tudo, e muito tocado.

Até mais, abraço.

Anônimo disse...

Jose. A Expert visual do Titanic.

Bem, vamos ver, eu não sei como começar a falar fiquei impressionado e chocado.

Meu amor por Titanic Em Foco é cada vez mais eterno para mim. Com os seus erros, com os seus pontos fortes.

Este rapaz simple do Brasil (Rodrigo) triunfou no mundo do blog e contribuiu com seu amor pela história do titanic para os outros, a também incidir sobre o Titanic no Brasil, onde eu sei que é muito querido o Titanic por muitas pessoas.

Titanic Em Foco é mágico, algo que o público aprecia em todo o mundo, os cores do blog, as fotos, como rodrigo conta as histórias com um talento incomparável, sempre estará nos corações de todos aqueles que verdadeiramente amam esta história. Rodrigo quando você deixar, quando você olhar para trás, você pode sentir-se orgulhoso do caminho da viagem de sua grande obra. O que tanto gostava, serviu de inspiração, eo que tanto o público aprendeu um pouco mais do titanic no Brasil, e no mundo Graças a você.

É tudo o que posso dizer.

Sobre esta matéria eu gosto do comentário de jefferson, é muito importante em nossa vida trabalhar com a nossa imaginação, bom comentário.

Não é estranha esta exposição no Brasil, como eu disse ele é amado lá e certeza de que há interesse para as pessoas a aprender do titanic no brasil.

Em relação a este modelo do Titanic muito tempo atrás eu baixar o vídeo da internet para a minha coleção, eu gosto do modelo, e eu como um idiota não percebi até agora que é este da exposição de curitiba, fantástico.

Impressionante a exposição, e com certeza as fotos no blog são uma idéia vaga, você tem que viver em vivo para estar lá para experimentá-lo realmente.

Por incrível que pareça alguém como eu, um entusiasta desde a infância pelo titanic nunca fui em uma exposição dessas houve várias perto da minha cidade, mesmo na minha própria cidade mas eu não pude ir, eu espero algum dia poder assistir.

Agora a minha opinião sobre os objetos, todo mundo tem sua própria opinião, para mim os objetos recuperados dos destroços do Titanic expostos em museus para ser vistos através dos séculos e para ser admirados pelo público no mundo, eu não me oponho a isso, eu acho não há problema, todo bem. Porém, porém, o que se eu estou contra, é que não é bem. É que o que eles vêm fazendo por décadas com o titanic, acabar com todos os objetos e distorcer o naufrágio, recuperar um pouco é bom, mas destruindo tudo é um pecado. Apesar de sabermos o que acontece quando as garras do homem põe a sua mão, para não mencionar os objetos que são vendidos em todo o mundo em leilões e coisas assim, isso é uma atrocidade para mim, o Titanic é um deus que está acima da merda do dinheiro, algo que o lixo humano nunca vai entender.

Rodrigo tocou meu coração a frase da sua conclusão final eu vou lembrar sempre, é linda.

Eu gostei essa matéria, muito emocional.

Titanic per sempre.

Saudações a todos. obrigado.
Jose Aurelio
Da Europa.

Rodrigo disse...

Mais uma vez obrigado Jose. Se eu não tivesse recebido este tipo de apoio ao blog, não o levaria adiante. Não há como publicar algo apenas para ficar esquecido. Felizmente neste aspecto eu sou feliz com o blog, ele é lido, é consultado, é criticado, é apoiado e contestado. E para mim, este é o combustível de meu trabalho aqui.

Sinceramente se eu pudesse, aplicaria muito mais esforço na expansão e melhoria do conteúdo. Mas a vida chama para muitas coisas mais, e faço que é possível.

Quanto ao modelo do admirador alemão, que estava na exposição. Ele foi para mim uma das belas surpresas, é uma obra fascinante; cheia de erros, peças faltantes, coisas danificadas... Mas ainda assim, uma peça de arte que só pode ser admirada propriamente ao vivo, porque as fotos sempre tiram muito da beleza e dos detalhes.

Seja quanto tempo o blog permanecer no ar, eu levarei esta experiência de criar o Titanic em Foco como uma das coisas mais interessantes que já fiz, isto tudo me ensinou muito, em todos os aspectos.
Até mais, sempre grato pelo apoio.

Gisele disse...

A história do Titanic sempre encantou e sempre será uma ferida no meu coração, apesar de eu ser jovem. Parabéns pelo blog, Rodrigo! Queria saber se tu sabe se a exposição do Titanic pode se repetir.

Rodrigo disse...

Gisele,

que vergonha a minha de não ter respondido suas palavras de apoio ainda em 2014, muito obrigado.

Até onde eu estou informado, não há planos de que a exposição volte ao Brasil. Mas segue o meu profundo desejo de que isto possa acontecer. É uma oportunidade única de estar frente a frente com a história, e de colocar na cabeça de muita gente a consciência de que a história do Titanic merece respeito.

Até mais, espero que um dia retorne ao blog, para ver meu pedido de desculpas. Abraço. É unicamente graças ao carinho e respeito do leitor que o blog ainda está no ar.