Curitiba foi a última parada da exposição no Brasil, onde permaneceu até 29 de janeiro de 2012.
Seja bem vindo ao TITANIC EM FOCO
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A exposição “Titanic, objetos reais, histórias reais” abriu em Curitiba, PR, em 28/10/2011 e permanece até janeiro de 2012. A mostra traz mais cerca de 240 artefatos reais recuperados dos destroços do Titanic à quase 4 Km de profundidade no Oceano Atlântico Norte, o local onde o grande navio naufragou em 15 de abril de 1912, a quase 100 anos atrás. As peças exibidas nesta exposição são reais, foram resgatadas pela empresa RMS Titanic INC, a única empresa no mundo judicialmente autorizada a recuperar, preservar e exibir os objetos resgatados do Titanic; a qual realiza este complicado processo através de ferramentas de alta tecnologia de exploração submarina e de avançados métodos de conservação de peças recuperadas do fundo do mar.
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A exposição reúne os mais variados objetos, que vão desde algumas das ferramentas usadas na manutenção do navio, componentes do próprio navio, jóias, dinheiro, moedas, louças, roupas, sapatos, documentos, cristais, prataria, entre muitos outros itens autênticos. Esta é a primeira vez que a exposição faz uma parada no Brasil e seguirá percorrendo o mundo, divulgando a verdadeira história do Titanic através de artefatos reais. Tudo isto primorosamente reunido nos leva numa grande viagem ao ano de 1912, causando uma forte ligação pessoal e emotiva entre expectador e história.
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A matéria que se segue é a junção das nossas impressões tomadas nestas duas visitas que literalmente trouxeram para muito perto a história do Titanic e de seus ocupantes, tudo isto de modo absolutamente inesquecível.
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Siga então o que vimos e o que sentimos
Acompanhe

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JEFFERSON NITSCHE KRÜGER - A expectativa para um evento sempre é grande, e se torna ainda maior quando se trata de um evento que marca a vida de qualquer fã. Apenas fato de a exposição Titanic vir ao Brasil foi algo que até agora estou sem palavras para descrever.
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A sensação após essa expectativa foi de grande alívio, de dever cumprido, valendo a pena esperar tanto tempo, a cada centavo gasto, pois a oportunidade de estar tão próximo de parte da história do Titanic já é um grande prêmio. Ter muitos dos objetos resgatados e expostos exatamente como foram deixados no fundo do mar após a tragédia, retorcidos, amassados, ainda que corroídos pela ação do tempo, mas mesmo assim preservando muitos detalhes, causa uma sensação de euforia.

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A sensação após essa expectativa foi de grande alívio, de dever cumprido, valendo a pena esperar tanto tempo, a cada centavo gasto, pois a oportunidade de estar tão próximo de parte da história do Titanic já é um grande prêmio. Ter muitos dos objetos resgatados e expostos exatamente como foram deixados no fundo do mar após a tragédia, retorcidos, amassados, ainda que corroídos pela ação do tempo, mas mesmo assim preservando muitos detalhes, causa uma sensação de euforia.
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Ao lado - Amostras de perfume que pertenceram ao passageiro Adolphe Saafeld (na foto abaixo), o qual sobreviveu, mas perdeu as pequenas amostras que levava aos Estados Unidos.
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Gostei da sensação que foi “tocar no iceberg”, puro gelo, temperatura baixíssima e ainda neste mesmo ambiente um soar de perigo, onde se ouvia sons do navio prestes a colidir. Neste momento fechei meus olhos toquei no iceberg e imaginei uma breve sensação do que foi naquela noite de 14 de abril de 1912. Outro ponto favorável é estar frente a frente às enormes fornalhas que eram constantemente alimentadas de carvão. O efeito de prolongamento das caldeiras é incrível, agora consigo entender a estratégia que o diretor James Cameron usara no filme Titanic, de 1997.
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E para finalizar quero relatar um fato curioso, eu e o amigo Rodrigo, encontramos na exposição (ou melhor ele nos achou hehe), um menino de nome Victor que é super fã do Titanic, que apesar de fã mirim já demonstra grande aptidão ao assunto.
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Quero agradecer ao meu amigo Rodrigo por partilhar desse grande momento, e da oportunidade de expor minha experiência aqui no Titanic em Foco.

Meu depoimento (Rodrigo, Titanic em Foco)
Os "bilhetes de embarque"
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Para adentrar a exposição uma visita à bilheteria, o valor do ingresso foi de R$ 30,00. Ao passar pela catraca de entrada este ingresso foi somado com uma réplica de um cartão de embarque original, seguido de uma breve explicação da recepcionista sobre o cartão.
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Este cartão (ao lado) contém em seu verso uma breve história de um dos 2.200 ocupantes do Titanic, seus dados pessoais e a classe na qual se hospedou ou, em caso de ser um tripulante, o setor em que trabalhava.
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O intuito é de que o visitante descubra qual foi o destino final de “seu passageiro”. Isto é feito ao checar em um grande painel que relaciona os sobreviventes e os mortos na catástrofe, o qual fica na penúltima sala da exposição. Nas duas oportunidades em que estive na exposição, tão logo li o nome do passageiro em meu cartão de embarque, lembrei de quem se tratava, já conhecia as histórias de ambos.
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Na segunda visita (em 20/11) meu cartão de embarque registrava o passageiro “Benjamin Hart” (ao lado), o qual instantaneamente reconheci, visto que sabia da sua história dos muitos documentários que assisti. Lembrei-me de que ele estava hospedado na 2ª classe e pereceu no naufrágio. Sua filha, Eva Hart (com apenas 07 anos na época), se tornou uma das últimas sobreviventes do Titanic, ela faleceu em fevereiro de 1996, com 91 anos de idade e concedeu várias entrevistas para a TV.
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A primeira de todas as impressões, na entrada da exposição, é uma enorme foto em alta resolução das hélices do Titanic, uma visão imensa. E ao olhar para os trabalhadores abaixo das hélices percebemos o quanto o navio era grande. Se esta foto fosse impressa em tamanho real certamente não haveria qualquer parede onde ela coubesse.
A maquete do Titanic


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O mesmo vale para a altura, seriam necessárias 100 maquetes como esta empilhadas uma sobre as outras para que a altura total do navio fosse alcançada (72 cm de altura da maquete contra 72 metros de altura do Titanic real).

O modelo é feito de madeira e apresenta todos os detalhes, incluindo miniaturas de passageiros, causando um encantamento geral, confesso que admirei durante bons minutos cada detalhe.
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Apesar de muito bem construída, esta maquete apresenta muitos erros, peças em locais incorretos, portas com formato incorreto, detalhes que deixam a desejar e pequenos locais danificados. Ainda assim não perde em encanto, qualquer admirador do Titanic certamente gostaria de tê-la exposta em casa ou mesmo construir algo similar.
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Cenografia, iluminação, sons e imagens
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Toda a exposição está em ordem cronológica, partindo da idealização do Titanic, construção, embarque, viagem, vida e trabalho a bordo, colisão, naufrágio, resgate e tributo. Deste modo também, todos os objetos estão distribuídos em salas com iluminação, sons ou músicas específicas, o que contribui para uma completa imersão do visitante na história do Titanic e de seus ocupantes. É como entrar em um outro mundo, por algumas horas esquecer de que existe luz do sol do lado de fora, ser envolvido pela história.
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Toda a exposição está em ordem cronológica, partindo da idealização do Titanic, construção, embarque, viagem, vida e trabalho a bordo, colisão, naufrágio, resgate e tributo. Deste modo também, todos os objetos estão distribuídos em salas com iluminação, sons ou músicas específicas, o que contribui para uma completa imersão do visitante na história do Titanic e de seus ocupantes. É como entrar em um outro mundo, por algumas horas esquecer de que existe luz do sol do lado de fora, ser envolvido pela história.
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Há uma grande quantidade de painéis com fotos de época que auxiliam o entendimento da exposição. Também há alguns vídeos curtos que são exibidos constantemente, tal como imagens da construção do Titanic, simulação do naufrágio e um vídeo com o processo de resgate dos artefatos.
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Há a reprodução cenográfica de uma cabine da 1ª classe (ao lado) com um belo papel de parede vermelho e móveis de época ao estilo dos que foram instalados no Titanic. Os objetos espalhados em uma mesa e em uma penteadeira completam o clima de realismo. Esta é uma reprodução apenas aproximada, não é uma cópia fiel em detalhes, mas ilustra muito bem as acomodações dispostas aos ricos passageiros e que embarcaram naquela viagem fatal.
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Em um pequeno corredor havia uma réplica de uma cabine da 3ª classe com duas beliches cobertas com colchas vermelhas com grandes logotipos da White Star Line. Junto desta cabine alguns objetos referentes à 3ª classe estão exibidos dentro de uma vitrine e, surpreendentemente há uma maçaneta de metal que ainda preserva madeira ao seu redor, algo incrível, visto que quase todo o madeiramento do Titanic se diluiu durante as décadas no fundo do Oceano Atlântico, onde repousa desde a madrugada de 15 de abril de 1912.
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Neste corredor com a cabine da 3ª classe não há música, mas um som semelhante à vibrações e à grandes máquinas em funcionamento, o que completa a sensação de que se está dentro do navio. No fim do corredor, atrás de um portão pantográfico de estilo idêntico aos vistos no filme “Titanic” (1997), está um pequeno lance de escadas que parece levar mais além, mas pára por aí, o portão pantográfico está trancado.
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A cenografia também deixa à desejar pela falta de total exatidão se comparado às fotografias de época, mas ainda assim é caprichosa.

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Em uma das passagens entre as salas da exposição há uma enorme reprodução de uma porta a prova d’água em posição aberta acima de nossas cabeças (na foto à direita), assim como estavam as portas dos compartimentos do Titanic pouco antes da colisão as 23:40 em 14 de abril. Ao passar pela porta e olhando para cima, tive a impressão que ela desceria sobre nossas cabeças, e se realmente foi reproduzida em tamanho exato, posso dizer que as portas à prova d’água eram enormes e muito pesadas.
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A sala seguinte está relacionada ao trabalho nas caldeiras, onde os artefatos expostos pertenceram a esta área do navio. Entre eles um grande bloco de carvão e uma enorme chave inglesa que teria sido usada no ajuste de válvulas de pressão da área das caldeiras. Nesta sala há a reprodução cenográfica de uma imensa fornalha, onde os operários abasteciam constantemente com com carvão triturado. Quando me aproximei das caldeiras, que continham inclusive simulação de fogo, ao olhar para os lados me surpreendi: Havia um jogo de dois enormes espelhos que fizeram com que uma única caldeira se multiplicasse em dezenas delas. A impressão de espaço foi tão real e a iluminação tão perfeita que me arrepiei, por um instante tive a clara impressão de estar dentro das entranhas do navio, uma ilusão muito realista.
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A sala que reconta a colisão com o iceberg talvez seja a que contenha o mais pesado clima de toda a exposição. Os objetos expostos somados à iluminação especial e um som assombroso (que nem mesmo sei descrever) causam arrepios e uma forte impressão de perigo. Nesta sala há um enorme iceberg (com cerca de 5 m de largura por 3 m de altura) totalmente congelado. Uma peça alegórica, é claro, onde pode-se tocar. Curioso é que se vê as marcas das mãos de visitantes anteriores em seu formato derretido no gelo.
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A conservação dos objetos
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A mostra reúne cerca de 240 objetos, os quais estão todos protegidos dentro de fortes caixas de vidro/acrílico com espessura de aproximadamente 10 mm e com uma iluminação indireta que possibilita a visualização dos detalhes. Em cada peça há uma pequena legenda que traz suas informações, e há bastante para ler. Absolutamente todos os artefatos estão muito bem protegidos e preservados e passaram por um caprichoso processo de preservação e limpeza que os mantém com todas as marcas da tragédia, ou seja, nada foi restaurado à sua condição de “novo”, apenas foram prestigiosamente conservados e limpos, mantendo todas as marcas, traumas e quebras causadas pelo violento naufrágio. .
A mostra reúne cerca de 240 objetos, os quais estão todos protegidos dentro de fortes caixas de vidro/acrílico com espessura de aproximadamente 10 mm e com uma iluminação indireta que possibilita a visualização dos detalhes. Em cada peça há uma pequena legenda que traz suas informações, e há bastante para ler. Absolutamente todos os artefatos estão muito bem protegidos e preservados e passaram por um caprichoso processo de preservação e limpeza que os mantém com todas as marcas da tragédia, ou seja, nada foi restaurado à sua condição de “novo”, apenas foram prestigiosamente conservados e limpos, mantendo todas as marcas, traumas e quebras causadas pelo violento naufrágio. .
Os objetos
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Ao percorrer as salas da exposição encontramos uma variedade tão grande de objetos do navio e pertences dos passageiros que torna-se impossível lembrar de todos eles. Entre eles estão peças de uso tão trivial como meias de lã até peças de grande requinte como louças utilizadas na 1ª classe; passando por peças do próprio Titanic que vão desde um vaso sanitário que pertencia à 3ª classe até uma das luminárias de bronze que pertenciam ao Convés de Botes.
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Ao percorrer as salas da exposição encontramos uma variedade tão grande de objetos do navio e pertences dos passageiros que torna-se impossível lembrar de todos eles. Entre eles estão peças de uso tão trivial como meias de lã até peças de grande requinte como louças utilizadas na 1ª classe; passando por peças do próprio Titanic que vão desde um vaso sanitário que pertencia à 3ª classe até uma das luminárias de bronze que pertenciam ao Convés de Botes.
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As peças em louça, assim como as de vidro, são impressionantes, pois se não possuem quebras estão no mais absoluto estado de conservação. Apenas uma pequena sujidade ou uma descoloração na pintura pode denunciar que a mesma esteve por mais de 75 anos no fundo do Atlântico. É realmente impressionante.
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Um conjunto de pequenas tigelas dentro de uma grande vitrine chama a atenção, estão estrategicamente posicionadas em fileira, assim como foram encontradas nos escombros do navio. Segundo o que consta estas tigelas estavam guardadas em um armário de madeira, e este armário diluiu-se com o passar das décadas, deixando as peças em perfeita ordem e totalmente intactas sobre o leito marinho.
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Assim como as peças em louça, muitos dos artefatos de metal estão em perfeita condição. Porém, enquanto alguns feitos em bronze estão praticamente intactos (ou apenas retorcidos), outros feitos com metais ferrosos se encontram bastante corroídos, como por exemplo as chaves inglesas que, neste caso, se assemelham à uma peça de madeira carbonizada, tamanha foi a corrosão e a cor negra atual.
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Destaque para um belo lustre da que integrava a Sala de Fumantes (ao lado), esta peça de bronze dourado é muito bela e, não fosse o estado contorcido, poderia perfeitamente ser utilizado, pois não apresenta marcas, apenas perdeu alguns de seus “braços”.
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Dentre os objetos de metal está um pequeno pedaço do casco do navio (na foto abaixo), a única peça autêntica em que o visitante pode tocar através de uma vitrine com um orifício circular. Este pedaço de aço confirma o que muitas vezes li: a espessura do casco do Titanic era de 2,5 cm, e realmente era.
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Abaixo: Protegido no interior de uma grossa vitrine horizontal, o pequeno fragmento do casco do Titanic que foi "rasgado" durante a violenta ruptura do navio por volta das 2:15 da madrugada de 15 de abril de 1912. Medindo não mais do que 45 cm de uma ponta à outra, a peça revestida em cera podia ser tocada pelo visitante por um orifício circular. Um pequeno fragmento de aço que contém em sí mais de 100 anos de história, testemunha de uma das tragédias mais emocionalmente imortais da história da navegação.


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Também em metal, neste caso bronze, uma das peças mais impressionantes: a base do timão (volante do navio). Esta peça não ficava na ponte de comando e não foi usada na noite da tragédia. Haviam três deles no Titanic e este pertencia à ponte de atracagem traseira, uma espécie de ponte de comando de apoio que era utilizada em manobras de atracagem nos portos.
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Esta base do timão está totalmente preservada, mas perdeu o timão que era de madeira, em seu topo pude ler: “PORT” e “STARB”, ou seja, BOMBORDO E ESTIBORDO (esquerda e direita), e isto me fez lembrar as manobras desesperadas de desvio do iceberg na noite de 14 de abril.
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Estes objetos estão em ótimo estado de conservação tendo em vista a sua grande fragilidade e, segundo o que consta, a preservação só aconteceu devido ao fato de que estas peças foram encontradas dentro de bolsas de couro, um material de enorme resistência à corrosão que contribuiu para que roupas e papéis fossem resgatados e conservados. Uma toalha de banho me causou muita reflexão, por curioso e engraçado que possa soar, nela havia bordado em uma das extremidades o nome de seu proprietário, algo muito pessoal.
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O painel memorial

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Este painel está divido entre 1ª classe, 2ª classe, 3ª classe e tripulação, além da divisão por setores também estão divididos entre sobreviventes e mortos na tragédia. Neste grande painel o visitante confere o que houve com o passageiro de seu cartão de embarque. Não cheguei a conferir porque já conhecia as histórias de “meus passageiros”, mas ajudei à conferir, uma tarefa complicada tendo em vista que são pouco mais de 2.200 nomes. Os nomes do painel estão dispostos na típica grafia dos norte-americanos: primeiro o sobrenome, depois o nome e os cartões recebidos na entrada da exposição trazem o modo brasileiro de grafia: primeiro nome, depois sobrenome, e este desencontro de grafias dificulta muito a procura.

A loja de lembranças
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Finalizando a caminhada histórica pelas salas da exposição, a última delas é uma pequena loja de lembranças relacionadas ao Titanic, entre as quais estão reproduções de louça, colares, jornais com as notícias da tragédia, caixas de acrílico com pequenos pedaços de carvão recuperados dos escombros, entre outros itens modernos de recordação, como agendas, canecas e camisetas. Esta pequena loja não teve estoque de reposição contínua, a organização veio ao Brasil com um só lote de produtos, portanto em Curitiba (a última parada) os objetos já eram poucos, as últimas peças. Adquiri alguns poucos itens, apenas peças históricas. Segue abaixo meus itens.
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Finalizando a caminhada histórica pelas salas da exposição, a última delas é uma pequena loja de lembranças relacionadas ao Titanic, entre as quais estão reproduções de louça, colares, jornais com as notícias da tragédia, caixas de acrílico com pequenos pedaços de carvão recuperados dos escombros, entre outros itens modernos de recordação, como agendas, canecas e camisetas. Esta pequena loja não teve estoque de reposição contínua, a organização veio ao Brasil com um só lote de produtos, portanto em Curitiba (a última parada) os objetos já eram poucos, as últimas peças. Adquiri alguns poucos itens, apenas peças históricas. Segue abaixo meus itens.
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Fragmento de carvão

Um pequeno fragmento de carvão recuperado dos escombros alojado dentro de um estojo de acrílico resistente. A peça vêm com logotipo da empresa RMS Titanic INC, a única empresa autorizada judicialmente à recuperar, preservar e expor os artefatos do Titanic.
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Na parte frontal da caixa lê-se:
CERTIFICADO DE AUTENTICIDADE
Este carvão foi recuperado dos escombros do Titanic durante a expedição de pesquisa e resgate de 1994.
Objeto Nº 94/0036
Autenticado pela RMS Titanic, Inc
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"Dos quase 900 membros da tripulação que mantinham o Titanic em funcionamento, nenhum deles trabalhava mais pesado dos que os trabalhadores das caldeiras. Nos profundos recessos do navio, 29 caldeiras medindo mais de 4,5 m de diâmetro, produziam o vapor de alta pressão necessário para impulsionar os motores do Titanic e o seu maquinário. O combustível para estas caldeiras era o carvão, e a cada dia mais de 650 Toneladas deste carvão tinha de ser movida dos estoques para os carvoeiros e lançados aos fornos manualmente. Estes homens, conhecidos popularmente como a "gangue negra" devido à seus corpos cobertos de poeira de carvão, eram a verdadeira máquina que dirigiram o Titanic em direção à New York."
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"Este carvão, que é uma limitada peça da história, continua sendo o único artefato autêntico recuperado dos escombros do Titanic disponível para venda."
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Me foi feita a pergunta: Seria mesmo um carvão autêntico?
A única resposta que concebi é de que a autenticidade do pequeno fragmento é uma relação entre a boa fé da empresa RMS Titanic INC e a crença de quem adquire um carvão como este. Adquiri apenas como uma lembrança da exposição, e nem mesmo que o estojo viesse junto de uma autenticação em cartório, ele não deixaria de ser um simples e mero pedaço de carvão dentro de uma proteção, nada mais que isto.
É ou não é? Não sei, à mim sinceramente não preocupa.
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Réplica de prato de sopa com padrão da terceira classe

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Este prato é uma reprodução, peça muito simples, traz apenas um logotipo vermelho da empresa White Star Line, a proprietária do Titanic.
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Apesar de simples, a peça é bastante pesada e resistente, confirmando os dados que dizem que a louça destinada à terceira classe tinha de ser resistente à quebras, devido a simplicidade e talvez “desleixo” pensado sobre os passageiros por parte da empresa.
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Réplica de recipiente de louça para creme dental

Esta é uma peça curiosa, segundo o que consta foi resgatado uma peça como esta (ou várias) dos escombros do navio.
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Ela é, na verdade, um recipiente onde os ricos passageiros depositavam creme dental, o qual era manipulado nas boticas (farmácias) e vendidos com o nome do químico responsável e a seguinte inscrição na tampa:
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“PASTA DE DENTE DE CEREJA - EXTRA ÚMIDA - para embelezar e preservar os dentes e gengivas - Preparado por John Cosnell & Co LTD, Londres - PATROCINADO PELA RAINHA”
(a rainha, neste caso, é a Rainha Vitória da Inglaterra, falecida em janeiro de 1901)
Réplicas de jornais com as notícias da tragédia

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O “TIMES” é uma compilação selecionada de notícias relacionadas ao Titanic de 16 de abril até 28 de abril de 1912, com dados parciais até notícias mais precisas, publicadas nos dias posteriores quando a tragédia finalmente foi compreendida.
O “THE NEW YORK AMERICAN” traz um enorme anúncio:
“J. J. Astor perdido no Titanic, 1.200 à 1.500 MORTOS”
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Esta manchete foi publicada em 16 de abril de 1912, ou seja, apenas 1 dia depois da tragédia.
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Esta manchete foi publicada em 16 de abril de 1912, ou seja, apenas 1 dia depois da tragédia.
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Livreto introdutório da RMS Titanic Inc. e da exposição
Este livro descreve parte da história do Titanic ao se utilizar das fotografias de época e fotografias dos artefatos resgatados pela empresa RMS Titanic INC. Nele é descrito brevemente como funciona o processo de pesquisa, exploração, resgate e preservação dos objetos históricos do Titanic. A publicação é totalmente ilustrada e contem 48 páginas. .
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Depoimento para a TV
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No primeiro dia da exposição, 28 de outubro, prestei um breve depoimento para a equipe de reportagem do CNT Jornal, acompanhe no vídeo abaixo, minha aparição está em 0:50 min.
No primeiro dia da exposição, 28 de outubro, prestei um breve depoimento para a equipe de reportagem do CNT Jornal, acompanhe no vídeo abaixo, minha aparição está em 0:50 min.
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Reportagem Jornal Gazeta do Povo

Conclusão

Pessoalmente indico a exposição para todo o público. Os mais bem informados terão a chance de finalmente "encontrar a história cara a cara", comprovar que a realidade existe e pode até mesmo ser tocada. Aos admiradores menos informados é também uma experiência sem igual, tanto se pode realmente entender a história, quanto aprender mais sobre como tudo ocorreu e como realmente foi o Titanic e a vida de algumas das pessoas que nele estiveram.
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Ao público que não conhece a história certamente também é uma visita inesquecível, um encontro com um fato que marcou a humanidade e que percorre o mundo através da mídia e da cultura popular. Além de que é surpreendente observar o quanto os objetos estão bem preservados, peças que passaram mais de 75 anos debaixo de 4Km de água salgada e hoje permanecem, em alguns casos, intactas.
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Fui à exposição por duas vezes, e confesso que minha mente não absorveu toda a grandiosidade daquilo que lá eu vi, é como se não fosse capaz de compreender a dimensão histórica e a monumental tragédia do Titanic e de seus ocupantes.
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E creio que seja exatamente por isto que somos incapazes de apreender com exatidão o que isto tudo significa, visto que a história do Titanic se transformou em uma tragédia grega (literalmente falando) deixando uma mensagem tão forte que dificilmente será apagada. E distante de qualquer fanatismo ou lendas, a mensagem é a seguinte:
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“Nada que a humanidade propõe pela sua evolução ou tecnologia é infalível, e o sucesso de qualquer empreendimento depende única e tão somente de nossa cautela, atenção, respeito e da eterna consciência de que somos meras criaturas, quem dispõe e governa é Deus, assim foi e sempre será.”
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Penso que a tragédia do Titanic, apesar de muitas fantasias e boatos sem fundamento, é uma mensagem de que somos falíveis e, ainda que sejamos livres para evoluir e fazer coisas grandiosas, temos de ser cautelosos e lembrar-mos que somos meros mortais, criaturas falíveis, frágeis e, por vezes, arrogantes.
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Para especialistas, estudiosos, religiosos, cientistas, historiadores, admiradores, curiosos ou fãs, o TITANIC seguirá trazendo algo de construtivo, encantamento ou algum ensinamento. E assim esta lenda segue causando um eterno movimento de interesse, numa viagem que começou em 10 de abril de 1912, mas que dificilmente encontrará um porto de destino. O Titanic navegará indeterminadamente pelos mares da cultura popular. Ele foi, é e continuará sendo uma história atemporal e imortal.
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E se este interesse nos faz aprender algo, então isto tudo torna-se muito válido.

Serviço
SITE OFICIAL www.titanicaexposicao.com.br
Local: ParkShoppingBarigüi – ParkCultural
Endereço: Rua Professor Pedro Viriato Parigot de Souza, 600 - Ecoville
Horários
Segunda a Sexta: das 11h às 22h (acesso à exposição até as 21hs).
Sábado, domingo e feriados: das 10hs às 22hs (acesso à exposição até as 21hs).
Preço: Inteira -30,00 / Meia entrada - 15,00 / Crianças de 0 à 02 anos - Grátis

Crédito
Composição de texto e edição de imagens - Rodrigo, TITANIC EM FOCO
Agradecimento
Ao amigo Jefferson Nitsche Krügger