Seja bem vindo ao Titanic em Foco
Navegando pela Internet, esta semana me deparei com uma edição do programa SBT Repórter realizado entre os anos 1997/98, logo após o lançamento do filme Titanic do diretor James Cameron.
O programa têm duração de 40 min e faz um misto bem balanceado entre a "febre" desencadeada pelo recente lançamento do filme, fazendo um contraponto histórico ao recontar a história real do naufrágio do Titanic, relacionando sua tragédia ao naufrágio do navio espanhol Príncipe de Asturias, ocorrido no litoral de São Paulo no ano de 1916, apenas 4 anos após o desastre com o Titanic.
A qualidade de vídeo é sofrível, mas o programa é válido pela boa edição de conteúdo.
Acompanhe
Principe de Asturias, o "Titanic brasileiro"
O Príncipe de Asturias foi um transatlântico espanhol, de propriedade da Naviera Pinillos e construído no Estaleiro Russell & Co em Port Glasgow, na Escócia, ele foi lançado em 1914. Ele foi batizado de Príncipe das Astúrias, o título histórico dado ao herdeiro da Coroa espanhola. Ele e seu "irmão mais velho", o navio Infanta Isabel, lançado em 1912, foram na época de sua construção os dois dos maiores navios de passageiros da frota mercante espanhola. Em 1916 o príncipe de Astúrias foi designado para a linha Buenos Aires-Barcelona, com vários portos intermédios de escala, incluindo Santos no Brasil. Pouco antes do amanhecer de 05 de marco de 1916, no meio de um denso nevoeiro, o navio encalhou nas águas rasas de Ponta do Boi, na ilha de São Sebastião, ao tentar se aproximar do porto de Santos, e afundou rapidamente. Pelo menos 445 das 588 pessoas a bordo perderam a vida, sendo, provavelmente, a maior perda de vidas em acidente no mar desde o afundamento do RMS Empress of Ireland em maio de 1914.
Trazidos pela maré e aparecendo nas praias de Ubatuba, os corpos dos mortos no naufrágio protagonizaram uma das passagens mais dantescas desta história. Muitos caiçaras, pescadores locais, percebendo a riqueza que acompanhava os passageiros mortos, começaram a saquear os corpos ali mesmo na areia da praia. Dedos, com anéis e jóias, foram cortados. Corpos foram mutilados, desenterrados, lavados, e enterrados novamente.
Apesar do fato de que o navio era espanhol e muito menor do que o Titanic (136 m. contra 269 m. do Titanic), a grande quantidade de mortos e o fato de ter ocorrido no Brasil em 1916, lhe renderam o apelido de "o Titanic brasileiro".
As tragédias dos navios Titanic e Príncipe de Astúria no SBT Repórter
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Divulgação: simplyed19Crédito
Pesquisa e composição - Rodrigo, Titanic em Foco
4 comentários:
Muito triste esta história do Príncipe de Asturias, mais triste ainda é saber que pessoas sem escrúpulos fizeram estes atos de mutilarem as vítimas para pegar objetos de valor.
Muito bom ter encontrado esta relíquia do fundo do baú da TV. Particularmente, gosto do SBT, sempre há umas reportagens interessantes, assim como essa.
Forte abraço amigo...
A história sobre o Principe de Asturias é horripilante, quanta falta de humanidade... Li um pouco sobre este navio há algum tempo, mas nunca me concentrei muito, tenho um livro e preciso parar e ler com atenção.
Reportagens como esta foram muitas em 97/98, mas poucas estão disponíveis hoje. Gosto muito de ver, faz lembrar como foi o estouro da palavra "Titanic" naquela época.
Ainda bem que naquele tempo o pessoal do mensalão chefiado pelo Lula, não estavam por perto.
Hahaha essa do Lula foi boa. Mas brincadeiras à parte, acho que preciso corrigir algo aí no texto: na verdade, um relâmpago (ou raio)no meio da noite mostrou o quão perto estavam da rocha, mas não conseguiram desviar, e o navio bateu com violência, e foi no litoral de Ilhabela, não São Sebastião. Vale conferir no site NAUFRÁGIOS DO BRASIL. E é uma pena as emissoras abertas infelizmente não exibirem mais matérias especiais sobre navios. No mais, boa viagem, marujos!
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