oncontextmenu='return false'>expr:class='"loading" + data:blog.mobileClass'>

domingo, 29 de setembro de 2013

O R.M.S. Carpathia e o resgate dos sobreviventes do Titanic


Acima, esquerda - O navio RMS Carpathia ancorado junto ao cais nº 54, da Companhia Cunard Line, às margens do Rio Hudson na cidade de New York, em sua segunda partida depois do resgate dos sobreviventes do Titanic. 

Direita - Segunda-feira, 15 de abril de 1912: Aqui se vê o bote salva-vidas Nº 06 do Titanic fotografado a partir do convés do Carpathia por volta das 08:00 da manhã, com apenas 28 ocupantes, quando na realidade poderia carregar até 65 pessoas - o pequeno bote de 9 m de comprimento paira sobre uma área do oceano com 3.800 m de profundidade.

O Carpathia foi o único navio que atuou efetivamente no processo de resgate de sobreviventes da tragédia, recolhendo cerca de 700 pessoas. Na manhã de 15 de abril de 1912 os tripulantes do Carpathia içaram 13 dos 20 botes salva-vidas do Titanic, abandonando definitivamente no mar um total de seis botes salva-vidas vazios e um bote com três vítimas que sucumbiram na madrugada fria, cujos corpos só seriam resgatados um mês depois pelos esforços da tripulação do navio RMS Oceanic

Acima: Um close dos conveses superiores de vante do Carpathia, aqui atracado no porto de Fiume (hoje Rijeka), na Croácia, em 1908, quatro antes do naufrágio do Titanic.

Seja bem vindo ao Titanic em Foco

O RMS Carpathia foi um transatlântico de passageiros pertencente à companhia inglesa de navegação Cunard Line que tornou-se famoso em 1912, sob comando do Capitão Arthur Henry Rostron, por atuar no resgate dos sobreviventes do RMS Titanic, quando este colidiu com um iceberg e afundou causando a morte de cerca de 1.500 pessoas. O Carpathia foi também vitimado de naufrágio seis anos depois do naufrágio do Titanic, em 17 de julho de 1918 durante a Primeira Guerra Mundial, quando foi torpedeado por um submarino alemão.

Saiba mais desta história
Informações básicas

Nome - Royal Mail Steamship Carpathia [R.M.S. Carpathia] / Tradução: Navio a Vapor do Correio Real Carpathia
Proprietário - Cunard Line
Comprimento - 170 metros. CURIOSIDADE: Comprimento equivalente a 5.6 vezes a altura do Cristo Redentor.
Largura - 19,66 metros
Tonelagem - 13.555 Toneladas (13 milhões e 555 mil quilos). CURIOSIDADE: O Carpathia tinha um peso equivalente aproximado ao de 13.555 carros populares.
Velocidade - 17,5 nós (32,4 Km/h) a todo vapor / Velocidade de serviço 14 nós (26 Km/h)
Capacidade - 1.704 passageiros; depois de 1905 aumentada para 2.550
Construtores - Swan Hunter & Wigham Richardson
Início da construção - 10 de setembro de 1901
Lançamento - 06 de agosto de 1902
Viagem inaugural - 05 de maio de 1903
Em serviço - 1903 à 1918
Fim do serviço -  17 de julho de 1918, quando foi torpedeado pelo submarino alemão U55 a sudoeste das Ilhas Scilly
Lançamento do Carpathia e acomodações

O Carpathia era um transatlântico a vapor de passageiros, de propriedade da Cunard Line (concorrente da White Star Line, proprietária do Titanic). Foi construído por C.S. Swan e Hunter Ltda, em seu Estaleiro Wallsend em Newcastle-upon-Tyne, na Inglaterra. A construção começou em setembro de 1901, e o navio foi inaugurado em agosto do ano seguinte. Em abril de 1903, ele estava pronto para iniciar sua viagem descendo o Rio Tyne para seus testes marítimos no Mar do Norte.

Ao lado:  O Carpathia é aqui fotografado ainda em construção nos Estaleiros Swan Hunter, em meados de 1902. O sujeito em pé sobre o andaime instalado diretamente a frente da proa registra a proporção de tamanho do navio, que nesta nesta etapa já estava quase pronto para ser lançado à água. A construção iniciou-se em 10 de setembro de 1901 e a viagem inaugural ocorreu em 05 de maio de 1903, partindo da cidade de Liverpool, Inglaterra, com direção à Boston, nos Estados Unidos.

Ao contrário do Titanic, o Carpathia não era um transatlântico construído para agradar os passageiros ricos. O Carpathia era mais um burro de carga de tamanho intermediário, um navio básico, mas resistente, destinado, principalmente, aos passageiros da segunda e terceira classe. O Carpathia também foi projetado para carregar carga, incluindo carne refrigerada dos EUA, mantida em compartimentos refrigerados, bem como correspondência enviada e trazida da América.

Abaixo - Três raras visões dos interiores do Carpathia: A escadaria principal, o salão de jantar e a sala de fumantes. Diferente do Titanic, os interiores do Carpathia eram moderadamente luxuosos e evidentemente muito reduzidos em dimensões se comparados aos gigantes navios de passageiros que estavam sendo inaugurados na nova geração. Na fotografia à esquerda é possível notar o nome "Carpathia" estampado sobre o piso no patamar inferior da escadaria.
.
Abaixo - Dois navios diferentes, de duas companhias inglesas concorrentes: 269 metros de comprimento e 46.328 Toneladas do gigante Titanic, da White Star Line, comparado aos 170 metros e 13.555 Toneladas do Carpathia, propriedade da Companhia Cunard Line. O leviatã Titanic contava com 99 metros adicionais no comprimento se comparado ao Carpathia, e pesava 3,4 vezes mais que o pequeno navio da Cunard Line. Separados por rotas e companhias distintas, a história dos dois navios viria conectar-se a partir da madrugada de 15 de abril de 1912. 

Embora o Carpathia tivesse sido construído para passageiros de renda média e baixa, também fornecia um serviço de classe raramente encontrado para viajantes daquele status; Por exemplo, embora a maioria dos passageiros de terceira classe do Carpathia ficasse em áreas parecidas com dormitórios, aproximadamente 500 podiam reservar cabines para duas, quatro ou seis pessoas. Era nas áreas comuns que o Carpathia ofuscava a maioria dos navios anteriores de mesmo tipo. As salas públicas da segunda classe incluíam uma sala de damas espaçosa e biblioteca, bem como uma sala de fumantes para cavalheiros; as salas públicas da terceira classe incluíam um salão de jantar com painéis de madeira, uma grande sala de fumantes, uma sala de estar para as damas, um bar e uma área de passeio coberta.

Abaixo: Neste trio de fotos vê-se o salão de jantar da 3ª classe e parte dos acanhados conveses de passeio do Carpathia. Durante os três dias de viagem restantes entre o local do resgate e o porto de New York, a carga humana de 700 passageiros adicionais sobreviventes do Titanic iria tomar todos os recantos do pequeno navio a vapor em busca de abrigo.

Abaixo - O original modelo dos construtores do Carpathia, atualmente exposto no "Segedunum Roman Fort, Baths and Museum" em Wallsend, no Nordeste da Inglaterra. A maquete hoje conta com mais de 112 anos de idade. 
O resgate

Ao lado - Harold Thomas Cottam, operador de telégrafo do Carpathia (*1891 -1984)

Às 00:35 h do dia 15 de abril de 1912, Harold Cottam, o operador do telégrafo sem fio do Carpathia, informou o Capitão Henry Rostron que um sinal de socorro urgente havia sido recebido do Titanic. O turno de Cottam já havia terminado, mas ele estava esperando que outro navio (o Parisian) respondesse a uma mensagem anterior. Cottam manteve seus fones de ouvido enquanto tirava a jaqueta e se preparava para ir se deitar para a noite. Foi então que Cottam recebeu a mensagem: “Venham logo. É uma mensagem de socorro; CQD”.

O Capitão Rostron imediatamente começou a preparar o Carpathia para ajudar a embarcação acometida. Um turno extra de foguistas foi chamado para que fosse possível “ir a toda velocidade possível até o Titanic”. Como Rostron sabia que o Titanic havia se chocado contra um iceberg, ele dobrou os vigias do Carpathia. Os três médicos do navio organizaram as salas de jantar do Carpathia como áreas de triagem. As cabines dos oficiais, incluindo a de Rostron, foram preparadas para acomodar os sobreviventes. Todos foram chamados ao convés.

Ao lado - Nestas curtas cenas do filme "A Night to Remember" (1958), o Carpathia segue em direção ao Titanic sob toda força de seus motores. Para representar o pequeno navio da Cunard, numa época em que os efeitos de computação gráfica ainda estavam a décadas de serem inventados, a produção de arte deste clássico do cinema optou por construir uma maquete em escala do Carpathia, e gravá-la "navegando" em um tanque instalado em um  estúdio fechado; o resultado artístico impressiona ainda hoje.

Duas horas após ter ouvido o primeiro pedido de socorro do Titanic, o Carpathia chegou a um campo de gelo: “Entre 02:45 h e 04:00 h, quando parei os motores, estávamos cercados de icebergs por todos os lados e pela frente e tendo que alterar nosso curso diversas vezes para desviar deles”, disse Rostron, na investigação sobre o Titanic no Senado dos EUA. Isso fez com que a velocidade do Carpathia para chegar até o Titanic diminuísse. “Tive que tomar muito mais cuidado e toda a precaução possível para manter-nos afastado de qualquer coisa que parecesse com gelo”, relatou Rostron, que tinha mais de 1.000 pessoas a bordo de seu próprio navio com quem se preocupar.

A viagem de 58 milhas (107 Km) acabou levando três horas e meia para completar. Às 04:00 h o primeiro bote salva-vidas do Titanic foi avistado. Rostron posicionou seu navio ao lado dele e começou a trazer os sobreviventes a bordo. Minutos depois, Rostron viu os demais botes salva-vidas flutuando nas águas geladas do oceano, em um raio de 4 milhas (7,4 Km) do Carpathia. Recorda-se também de outra coisa: “Também vi icebergs em toda a minha volta. Haviam cerca de 20 icebergs que poderiam ter de 150 a 200 pés (45 e 60 m.) de altura, e inúmeros outros menores”.

Rostron manobrou o Carpathia entre os perigosos icebergs com sucesso. Às 8:30 h, o Carpathia havia alcançado todos os botes salva-vidas e todos os sobreviventes estavam a bordo. No total, 705 pessoas sobreviveram ao desastre do Titanic, de um total aproximado de 2.200 pessoas originalmente embarcadas. Três pessoas levadas a bordo do Carpathia já haviam morrido devido à exposição ao frio e outro homem morreu logo pós o resgate. Foi feita uma celebração religiosa para os quatro homens falecidos às 16:00 h daquele dia, e eles foram sepultados no mar.

Ao lado - A cerimônia de sepultamento no mar, aqui representada numa imagem não relacionada ao desastre do Titanic, em fotografia tirada em 1944. Após ser envolto em um invólucro de lona com um peso de ancoragem (geralmente objetos de ferro/aço), o corpo é entregue ao oceano através das palavras de um clérigo ou do capitão do navio. Os quatro homens que não resistiram após serem acolhidas pelo Carpathia foram sepultados desta maneira no começo da travessia, antes da chegada em New York.

Abaixo - Manhã de segunda-feira, 15 de abril de 1912: Os tripulantes do Carpathia sob comando do Capitão Arthur Henry Rostron recolhem os sobreviventes dos primeiros botes salva-vidas do Titanic; ao fundo da ilustração se observa um grande iceberg à deriva, de inúmeros outros espalhados à volta do navio sobre o Atlântico naquela manhã (arte de Simon Fisher). O Capitão Rostron relatou à comissão de investigação dos EUA: "No momento em que pegamos o primeiro bote estava amanhecendo o dia, e então eu podia ver os barcos restantes em uma área de cerca de 4 quilômetros. Eu também vi icebergs ao meu redor. Havia cerca de 20 icebergs que estavam na área, com alturas entre 150 a 200 pés (entre 45 m e 60 m) e numerosos icebergs menores.”
,
Ao lado: Seis botes salva-vidas do Titanic remam em direção ao navio de resgate sob os primeiros raios de luz da manhã de 15 de abril de 1912. O sol que desponta no horizonte revela a área coberta por uma grande quantidade de icebergs de tamanhos variados (Cena do filme "Titanic", 1953). 
.
Abaixo: Em pé a bordo do bote salva-vidas Nº 05, o Terceiro Oficial do Titanic Herbert Pitman controla o cabo do leme enquanto comanda os remadores rumo ao encontro do Carpathia, onde serão resgatados nos minutos seguintes, por volta das 6 h da manhã. O bote de madeira [com 9.14 metros de comprimento] está ocupado com apenas cerca de 30 pessoas, mas poderia acolher mais 35 pessoas em sua lotação máxima original de 65. Somados os vinte botes salva-vidas do Titanic, preenchidos as pressas com lotações irregulares durante a madrugada, a contabilidade final aponta que 500 pessoas pereceram de maneira gratuita na tragédia, quando poderiam ocupar os 500 lugares vazios nos botes mal lotados (Ilustração do artista norte-americano Ken Marschall, 1992)
A bordo do Carpathia, o navio das viúvas

Ao lado e abaixo - As dramáticas cenas do resgate dos sobreviventes da tragédia, aqui reproduzidas no filme "Titanic" (1997), dirigido pelo canadense James Cameron. Para representar o Carpathia nas telonas, Cameron optou por inserir o navio no horizonte através de uma pintura digitalmente inserida por computação na pós produção; para as cenas de convés, onde os sobreviventes são brevemente mostrados em estado de choque após o resgate, a habilidosa produção de arte reconstruiu com esmero de detalhes uma fração dos conveses dianteiros do Carpathia, onde então as cenas foram rodadas sem acréscimo de efeitos gráficos. A réplica parcial estava alocada adjacente à popa do Titanic cenográfico, mas em terra firme, às margens do Oceano Pacífico na praia do Rosarito, Baja California, México.



O ânimo a bordo do Carpathia era um mistura de alívio e de dor: alívio por terem sido resgatados das águas gélidas do Atlântico e dor pela perda dos maridos, esposas e crianças que não tiveram tanta sorte. A residente de Ohio Mary Wick, que perdeu o marido no naufrágio, resumiu o ânimo em uma entrevista cedida ao Clevelenad Plain Dealer, um jornal de Ohio, cinco dias após o desastre: “Parecia que tinha demorado décadas entes de sermos resgatados pelo Carpathia, no navio das viúvas as cenas de dor eram terríveis, oh, foi tão horrível”.

Apenas quatro esposas resgatadas a bordo do Carpathia conseguiram rever seus maridos. Aquelas não tão afortunadas tentavam consolar umas às outras. Grupos de dezenas de mulheres se reuniam nos salões de jantar do navio, chorando e segurando uma nas outras. O ânimo a bordo do Carpathia não foi ajudado pelo clima. Uma forte tempestade atingiu-os no dia seguinte ao resgate e continuou por três dias; uma cortina de neblina se formou no meio da tempestade e diminuiu consideravelmente a velocidade do navio. A tripulação e os passageiros do Carpathia fizeram todo o esforço possível para confortar os sobreviventes.

Acima - Tripulantes do Carpathia içam para a secção de estibordo da proa do navio o bote salva-vidas de Nº 02 do Titanic após o resgate de seus ocupantes. Os botes salva vidas eram feitos de madeira, e este em específico media 7,68 m de comprimento, pesando entre 1 e 2 mil quilos, com capacidade de lotação de 40 pessoas. 

Este fora o primeiro bote a alcançar o Carpathia, as 4:10 da manhã, ocupado com cerca de apenas 17 pessoas, muito longe de sua capacidade real. A maioria dos 13 botes salva-vidas recolhidos pelo Carpathia foram precariamente alojados sobre o castelo da proa, na seção dianteira do navio. Ao fundo da fotografia, na lateral esquerda, é possível ver parte de outro bote salva-vidas do Titanic recolhido anteriormente.

Ao lado: O flagrante momento em que o bote salva vidas de Nº 11 do Titanic se junta ao navio de resgate carregado com os "sortudos" sobreviventes da tragédia. A fotografia foi tirada por volta das 7:00 da manhã da segunda-feira, 15 de abril de 1912, a partir dos conveses do Carpathia. Perdida entre os olhares do assustado e cansado grupo de passageiros, está a modista Edith Russel com seu amuleto de sorte, um porquinho musical de corda que ganhara de presente de sua mãe e que ela usou para entreter as crianças durante a fria e amarga madrugada .

Abaixo - Reunidos para um registro fotográfico, dez sobreviventes posam para a câmera a bordo do Carpathia, parte dos ocupantes do bote salva vidas de nº 01. A foto é um dos flagrantes de uma das maiores controvérsias associadas ao naufrágio do Titanic, sobre como pode o bote salva vidas nº 01, projetado para mais de 40 pessoas, deixar o Titanic carregado de apenas 12 ocupantes. Este número incluiu sete membros da tripulação do Titanic e cinco passageiros apenas da 1ª classe, entre eles Sr Cosmo Duff Gordon e Lucille Duff Gordon, sua esposa (ele é o terceiro da esquerda para a direita, com Lucile à sua frente). Como forma de compensar os tripulantes de seu bote por suas percas, Cosmo deu a cada um 5 libras para que pudessem repor os seus itens de trabalho que afundaram com o navio. O casal foi depois ridicularizado na imprensa quando o gesto de ajuda foi visto como um suborno para que pudessem ter um bote salva vidas particular em detrimento de mais de 1.500 que ficaram para a morte no Titanic. Suborno ou não, a situação entrou para a história com ares de uma covardia grave.



A maioria da tripulação já havia cedido suas acomodações. Logo, os próprios passageiros do Carpathia cederiam seus dormitórios e doariam suas roupas para aqueles que deixaram o Titanic carregando apenas o essencial. “Eles foram muito gentis conosco”, escreveu Elisabeth Nye atrás de um pedaço de papel rasgado de um livro de registro do sistema sem fio do Carpathia. “O navio, é claro, estava cheio de seus próprios passageiros, mas eles encontraram lugares para todos nós dormirmos, embora nenhuma de nós tenha dormido bem após passar por tamanho pesadelo”. A Sra. Nye ficou viúva aos 29 anos.

Abaixo: Quando os sobreviventes do Titanic deixaram o Carpathia, a única lembrança tangível de sua presença a bordo era um amontoado de coletes salva vidas sobre a cobertura de um dos porões de carga do pequeno vapor da Cunard Line. Hoje raros deles seguem preservados e expostos ao público.


.
Ao lado - Nesta fotografia pesadamente retocada e colorizada, mulheres se reúnem no convés do Carpathia e se mobilizam na tarefa de ajustar e improvisar roupas para os sobreviventes resgatados. Os avisos para que os passageiros do Titanic acordassem e se direcionassem até os botes salva-vidas começaram a ser distribuídos pouco após a meia noite de 15 de abril de 1912, cerca de 25 minutos após a colisão com o iceberg, momento em que grande parte já estava dormindo; muitos dos sobreviventes do Titanic foram resgatados em plenos trajes leves de dormir, como pijamas e camisolas.

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/8/8b/Lawrence_Beesley_in_the_Gymnasticroom.jpegAbaixo - Tornado agora um dos sortudos sobreviventes do Titanic, o passageiro da 2ª classe Lawrence Beesley posa com roupão a bordo do Carpathia, que na ocasião está a caminho de New York carregado dos sobreviventes do que era naquele momento a maior tragédia marítima da história. Curiosamente Beesley é dos raríssimos passageiros que foi fotografado tanto a bordo do Titanic quanto depois do resgate a bordo do Carpathia [na foto a direita Lawrence Beesley é fotografado enquanto pedala uma das bicicletas ergométricas no ginásio do Titanic no dia 10 de abril de 1912 em Southampton, Inglaterra, antes da partida, acompanhado de uma colega que não fez a viagem]. A expressão carregada e pesarosa do trio de companheiros de viagem parece retratar uma fração ínfima do trauma pelo qual tinham acabado de se confrontar. Memórias que certamente seguiram para o resto da vida.

jjjj
Ao lado - O pequeno William Rowe Richards de 3 anos de idade, passageiro da 2ª classe do Titanic, é fotografado após a tragédia vestindo uma longa bata feita de maneira improvisada a bordo do Carpathia.

Abaixo - A imagem viva do trauma causado pela tragédia do Titanic: O passageiro da 1ª classe George Achilles Harder e sua esposa, Dorothy Annan Harder, descansam ao sol no convés do Carpathia após serem resgatados; junto do casal está Clara Jennings Hays [aparentemente chorando], que fatalmente perdeu o marido no naufrágio do Titanic, Charles Melville Hays, rico proprietário de ferrovias e hotéis no Canadá. O corpo de Charles Hays fora recuperado pelo navio CS Minia onze dias após o naufrágio, em 26 de abril de 1912, e então enviado para o Quebec, onde fora sepultado.
Chegada em New York 
. 
Ao lado - Uma gravação de época originalmente legendada como: "O Carpathia se aproxima de New York com os sobreviventes". No entanto a evidente ausência dos botes salva-vidas vazios do Titanic, depositados empilhados sobre a proa do navio, deixa claro que o video não foi gravado em 18 de abril de 1912, na ocasião da chegada do Carpathia com os sobreviventes da tragédia.

Após pegar os sobreviventes do Titanic, O Capitão Rostron ordenou que o Carpathia navegasse diretamente para Nova York. Halifax estava mais perto, mas significaria navegar por mais gelo. Três dias depois, um pouco depois das 21:30 h do dia 18 de abril, o Carpathia aportou no Píer 54 da Cunard, na Décima-Quarta Rua. O Carpathia foi seguido por pequenos barcos cheios de repórteres e fotógrafos, que gritavam perguntas aos sobreviventes por megafones, e cujos flashes iluminavam os conveses lotados do navio enquanto navegava para o porto. Uma multidão de 10.000 pessoas se reunia em Baterry para obterem a primeira visão do navio de resgate.

Abaixo: Parte da multidão que aguardava em ansiosa expectativa pela chagada do Carpathia se avoluma nos arredores do píer 54 da Cunard Line e o píer 59 da White Star Line (onde deveria antes desembarcar o Titanic), incertos de onde o navio de resgate descarregaria os sobreviventes.


Abaixo: 19 de abril de 1912, pesarosamente e sob as luzes furiosas dos flashs da imprensa e atenção de uma multidão de observadores, o Carpathia se dirige para o cais de número 59, onde antes atracaria o Titanic, para descarregar os botes salva vidas do malfadado transatlântico. Botes estes que até a madrugada de três dias antes eram o último refúgio e salvação para as cerca de 700 almas que sobrepujaram a mais notória tragédia da navegação até aquela data. Os três botes pendentes no costado aqui tinham capacidade para 65 pessoas em cada um, mas nem todos os botes do Titanic foram lotados em sua lotação nominal; deste modo das quase 1.200 pessoas que poderiam ter sido evacuados de forma segura, apenas 700 fizeram o caminho para a salvação. Quinhentas mortes poderiam ter sido facilmente evitadas apenas seguindo a norma de segurança.


Ao lado: Harold Bride, telegrafista junior do Titanic_ desembarca carregado com os pés feridos pelo efeito do congelamento. Harold foi responsável pelas mensagens com pedidos de socorro, junto de seu colega de trabalho, Jack Phillips, durante a madrugada da tragédia. Bride e Phillips estiveram em suas funções até momentos antes em que a água começou invadir a sala de telégrafo, de lá saindo cada um para direções diferentes. A partir de então Bride nunca mais viu seu colega de trabalho, que pereceu no desastre. 

Bride então se juntou a tripulação do Titanic que não conseguia lançar o bote salva vidas de emergência B do teto dos alojamentos dos oficiais na base da primeira chaminé no lado de bombordo. Por sua posição bastante inadequada, o bote foi derrubado de sua posição para o convés de botes e acabou caindo de cabeça para baixo, onde momentos depois, com a rápida invasão da água, Harold Bride se achou preso diretamente embaixo do bote, de onde conseguiu sair para equilibrar-se junto aos outros sobreviventes sobre o fundo do bote emborcado perigosamente sobre o mar gelado, sendo depois então recolhido por outro bote antes do resgate. A bordo do Carpathia mesmo que gravemente ferido em com risco de amputação de sus pés, o jovem de 22 anos seguiu em plena função ajudando o telegrafista do navio de resgate, 
Harold Cottam, a enviar as numerosas mensagens telegráficas dos sobreviventes a bordo. 
Ainda que seus procedimentos no envio de mensagens a bordo do Titanic hoje sejam vistos como algo não completamente adequado, Phillips e Bride certamente foram vítimas das leis inadequadas para a época no que se refere à necessidade imperativa de prioridade das mensagens operacionais e de segurança de um um navio em percurso pelo Atlântico. Assim então, e sem dúvida, ambos foram também grandes heróis desta história, e suas atitudes hoje vistas como parcialmente inadequadas, à época estavam de acordo com as exigências defasadas da lei. Eles se mantiveram fiéis à leis, e as leis se mostraram bastante ineficientes.

Ao lado: Um grupo de sobreviventes do Titanic após o desembarque do Carpathia

Aproximadamente 30.000 juntavam-se nas ruas molhadas pela chuva em volta da doca, bloqueando o tráfego por quarteirões. Médicos e enfermeiras de todos os hospitais da cidade estavam no píer. Ambulâncias paradas, prontas para levarem sobreviventes para os hospitais da área. 

O primeiro sobrevivente do Titanic a descer a prancha de desembarque em direção à multidão silenciosa e ansiosa foi uma mulher de vestido, “Obviamente doado pelas contribuições dos passageiros do Carpathia, e seu rosto estava vermelho de tanto chorar... ela começou a descer a prancha de desembarque, parou, perplexa, pronta para desmaiar de terror e esgotamento”, de acordo com um repórter do New York Times presente na cena.

Abaixo: Um pequeno grupo de sobreviventes do Titanic, agora tendo deixado o navio de resgate, parece passar por mais uma provação ao serem inqueridos pela multidão de fotógrafos e jornalistas que se reuniram no cais do porto em busca de um furo de reportagem.






Por mais de duas horas, uma corrente de sobreviventes desceu pela prancha de desembarque até o píer. Os últimos fizeram seu percurso um pouco após a meia noite, quatro pequenas crianças que haviam adoecido no Carpathia. 

Ao lado - Um grande grupo de passageiros posicionados sobre o convés da popa do RMS Olympic, o navio-irmão do Titanic, observa atentamente a Estátua da Liberdade ao final de uma travessia atlântica no ano de 1921, nove anos após a tragédia do Titanic. O caminho percorrido pelo Carpathia na noite de 18 de abril de 1912 fora exatamente o mesmo, e a visão do monumento que marca a chegada ao "Novo Mundo" teria sido motivo de algum alento aos cerca de 700 sobreviventes da tragédia.

Ao lado - A cena da chegada ao porto de New York fora reproduzida no filme "Titanic" (1997), com a personagem ficcional "Rose DeWitt Bukater" (Kate Winslet) à observar a Estátua da Liberdade sob a chuva.

Abaixo - Imagens genuínas do Carpathia (a partir de 4:11) atracado no Píer 54 da Companhia Cunard Line às margens do Rio Hudson, em New York, Estados Unidos, após o resgate dos cerca de 700 sobreviventes da tragédia. As imagens foram gravadas pelos cinegrafistas de New York, e exibem os conveses após o processo de desembarque dos sobreviventes do Titanic, enquanto tripulantes do Carpathia exibem-se para as câmeras. O Capitão Arthur Henry Rostron, responsável pelo processo de resgate, também posa para os cinegrafistas.

Abaixo: Os treze bote salva vidas resgatados pelo Carpathia são fotografados após entregues aos cuidados da White Star Line no píer 59. Inúmeros itens como as bandeirolas, numerações e demais peças foram removidas dos botes como lembranças aos sobreviventes ainda durante o trajeto até New York, enquanto outros artigos desapareceram durante e após o desembarque do Carpathia. Hoje não há indicação qualquer do paradeiro destas relíquias flutuantes da história da navegação. Sabe-se apenas que os treze botes foram alojados fora da mira pública durante algum tempo nas edificações do porto, tendo seus valores incluídos como espólios do Titanic. A partir de então os treze botes desapareceram da mira pública. Certamente sucateados ou mesmo reutilizados em outros navios da White Star Line. 
Passageiros do Titanic agradecem ao Capitão Rostron
.

Ao lado - Uma curta cena da microssérie de TV "Titanic" (1996), dirigida por Robert Lieberman, com o Carpathia movendo-se lentamente em direção ao cais de New York com os sobreviventes da tragédia. Curiosamente este é o único de todos os 19  filmes dramatizados sobre o Titanic feitos desde 1912 que exibe o desembarque dos sobreviventes em New York.

Em 29 de maio de 1912, o Comitê dos Sobreviventes do Titanic homenageou o capitão e tripulação do Carpathia em uma cerimônia ocorrida no salão de jantar da primeira classe do navio; O Carpathia estava voltando pela primeira vez à Nova York desde o transporte dos sobreviventes do Titanic, apenas um pouco mais de um mês antes.

O Comitê do Sobreviventes, presidido pelo sobrevivente Frederic Seward, presenteou o Capitão Arthur Rostron e seus oficiais e tripulação com medalhas de ouro, prata e bronze. Também entregaram ao Capitão Rostron uma linda taça de prata, como símbolo de sua gratidão ao homem que navegou por águas perigosas no meio da noite para resgatá-los. A taça de prata de quase 40 cm continha a seguinte inscrição:

"Presenteada ao Capitão A. H. Rostron, R.N.R., Comandante do R.M.S. Carpathia. Em grato reconhecimento e valorização de seu heroísmo e trabalho eficiente no resgate dos sobreviventes do Titanic, em 15 de abril de 1912, e do tratamento generoso e compreensivo que nos concedeu em seu navio - Dos sobreviventes do R.M.S. Titanic".

 .
Outros membros do Comitê dos Sobreviventes presentes além do S. Seward eram Karl Behr, Margareth “Molly” Brown, que entregou a linda taça ao Capitão Rostron, Isaac Frauenthal, George Harder, Frederic Spedden e Mauritz Björnström. O grupo formou-se ainda a bordo do Carpathia, apenas dois dias após o resgate.

“Tudo o que eu posso dizer é que, primeiro, eu tentei fazer meu serviço como marinheiro; segundo, tentei faze-lo pelas pessoas que sofriam. Mas não levarei crédito pela conquista daquela noite, quando fomos socorrer as pessoas do Titanic. Não mereço este crédito. Minha tripulação o merece, e a eles eu quero dar os meus sinceros agradecimentos por sua lealdade, bravura e fidelidade à confiança que foi imposta. Não consigo pensar neles tão grandemente, pois eles trouxeram essa honra para mim e para eles, e sinto-me humildemente orgulhoso do que foi feito para mim através de suas bravuras”. Arthur Rostron (*1869 -1940)


“Os olhos do mundo estão sobre vocês e estavam sobre vocês quando vieram até nós no oceano aberto, quando vimos o Carpathia vindo até nós, surgindo da escuridão, e a todos vocês, gostaríamos de dar os nossos sinceros agradecimentos. Por sua hospitalidade, devoção, altruísmo e por tudo o que foi feito por nós, jamais poderemos ser propriamente gratos, e como uma pequena parcela dessa apreciação, gostaríamos que aceitasse as medalhas que fizemos para cada homem e mulher deste navio". Frederic Seward, passageiro da 1ª classe e sobrevivente do Titanic
(*1878 -1943)
O destino do Carpathia
Acima - Quarta-feira, 17 de julho de 1918, Mar Celta, oeste das Ilhas Scilly na costa da Irlanda: O RMS Carpathia naufraga lentamente após ter sido torpedeado pelo submarino alemão "U-55" às 9:15 daquela manhã. As 11:00 h da manhã, após 1 hora e 45 minutos de agonia, o Carpathia desapareceu sob as ondas levando consigo cinco vítimas fatais.

Apenas seis anos após o naufrágio do Titanic, o Carpathia juntou-se a ele no fundo do mar. No dia 17 de julho de 1918, enquanto a Primeira Guerra Mundial se alastrava, o Carpathia seguia em direção a Nova York, de Liverpool, Inglaterra. Ele era parte de um comboio de navios necessário devido aos perigosos Submarinos U-boats alemães patrulhando as águas da Grã-Bretanha. O comboio do Carpathia, de passagem pela costa leste da Irlanda, foi seguido pelo submarino alemão U-55, capitaneado por Wilhelm Werner. Havia três linhas de navios no grupo; no meio da coluna central, Werner avistou o Carpathia.

O U-55 lançou três torpedos no Carpathia, todos com sucesso. Dois dos torpedos atingiram a sala dos motores, bem no meio do navio, matando cinco tripulantes; o outro atingiu a parte frontal do Carpathia. O Capitão William Prothero (ao lado), sabia que o seu navio estava condenado, e pediu para que todos abandonassem o navio. Dos 280 passageiros e tripulantes a bordo, 275 sobreviveram. Eles foram recolhidos por um caça-minas, o HMH Snowdrop. O Carpathia desapareceu no mar uma hora e quarenta e cinco minutos após o ataque.

Os destroços do Carpathia jaziam a mais de 500 pés (aprox. 150 m.) de profundidade da costa leste da Irlanda por 81 anos antes que fossem descobertos por uma equipe da Agência Nacional Marinha e Subaquática, fundada pelo autor norte-americano Clive Cussler.

Abaixo: Os escombros do Carpathia repousam a 150 metros de profundidade no Mar Celta (situado à margem do Oceano Atlântico), aqui representado em uma pintura do renomado artista náutico Stuart Williamsom.
 
Abaixo: A localização dos escombros do Titanic e do Carpathia, ambos naufragados no Oceano Atlântico. Clique sobre a imagem para ver o local via GOOGLE MAPS.
Crédito
Texto original - "Guia do Professor - Titanic a Exposição, Histórias Reais, Objetos Reais"
Com informações de:
Titanic in Photographs, The History Press, 2011
 Pesquisa e adaptação de texto e imagens - Rodrigo, Titanic em Foco


18 comentários:

Anônimo disse...

oi tudo, oi rodrigo, fala jose.

bem, eu não tenho palavras, é verdade, não tenho nada a acrescentar.

você fez perfeito novamente, tudo bem contado, e bem resumido, obviamente, não há espaço de um único assunto para dizer absolutamente tudo, mas você fez brilhantemente novamente.

é uma pena, a maldita guerra, e que o Carpathia afundou, não merecia seu destino. foi, outra grande perda, da época de ouro dos grandes transatlânticos, como o (RMS Queen Elizabeth 1938), ou o grande, maravilhoso (SS Normandie 1932). e muitos outros.

uma coisa que você não diz, e para mim, é muito importante, é o silêncio, o silêncio estranho, devastador, quase de outra dimensão, que aconteceu quando o Carpathia, sae do local onde o Titanic afundou, é algo que todos os sobreviventes lembraram, como uma coisa muito significativa, eu acho que é como em todas as tragédias, mas no Titanic, tem algo especial.

Eu gosto da correção, que você faz, das imagens do olympic, que o público inexperiente do mundo, confundem.
é verdade, as imagens pertencem ao Olympic, da partida de new york, depois de sua primeira viagem inaugural durante o verão, em junho de 1911, estas imagens foram mostradas em cinejornais quartos, em todo o mundo, para um público ávido , para conhecer o Titanic.
em rebocadores, você pode ver o nome de New york, coberto, para enganar as pessoas no cinema.

novamente ótimo, obrigado.

Anônimo disse...

Olá novamente rodrigo, fala jose.

Bem, eu gostaria de perguntar, se você viu o documentário do Titanic, caso fechado, ou como está escrito no (You Tube) Titanic: A Verdadeira História [NatGeo]

você disse que baixou, e estava indo para ver em sua TV, eu também baixá-lo, e eu vou ver toda a minha vida, eu amo demais.
é que este documentário requer uma análise separado.

este documentário maravilhoso começa com Tim Maltin, vendo a grande peça recuperada do Titanic, naquela cena em que ele é quase em transe.
o modelo que ele construiu com papelão, é incrível. atores com o testemunho de Lawrence Beesley, Archibald Gracie IV, os testemunhos do californian, é maravilhoso.

Eu não sabia do tim maltin, até este documentário, mas agora eu sei que ele é um grande do Titanic, como eu disse há muito tempo, eu acredito firmemente nessa teoria. ¿Qual é a sua opinião?.

Bem, a minha opinião é que este acontecimento é algo que aconteceu na escuridão da noite, 100 anos atrás, nunca será capaz de provar nada, cem por cento, mas os testemunhos e registros históricos parecem concordar com Tim Maltin. se for verdadeiro, tudo o que nós pensamos como verdadeiro, os nossos pressupostos, o que acreditamos ser verdade, está errado. Isso muda para sempre a história do Titanic.

tim Maltin, deu-nos uma lição para todos, com a sua pesquisa incrível, ninguém pensou isto, ou James Cameron ou Robert Ballard, nem qualquer dos grandes historiadores do Titanic, ninguém, bem por tim maltin.

nesta pesquisa, Tim Maltin demonstra que a história do Titanic, é mais complexa e difícil de entender, o que nós pensamos, e nos foi dito, até agora.

rodrigo, eu estava pesquisando blogs, e eu quero fazer uma última observação
Há muitos blogs no mundo, mas nenhum, os comentários são tão fluido, como em Titanic em foco.

é que as pessoas apreciá-lo, pelo seu trabalho, Eu gosto de como as pessoas interagem com você, e você, com as pessoas. para mim, esse é o sentido de ter um blog, eu não teria um blog, se as pessoas não comentar comigo.

"Você ganhou, no mundo do blog"

saudações a todos, obrigado.
jose. A 27 anos
da Europa.

Rodrigo disse...

Oi Jose

Eu assisti há alguns dias o documentário com o Tim Maltin. Gostei do conteúdo, especialmente porque o levantamento foi baseado em fatos puros históricos, que se afasta daquela visão muito fechada, sempre tão explorada por outros documentários. Os melhores documentários sobre o Titanic são sempre aqueles que focam de maneira especializada sobre algum aspecto da trajetória do Titanic.

O objetivo central do documentário era o de reunir evidências que ajudassem a comprovar a teoria de Tim Maltin de que houve uma distorção causada por fenômenos atmosféricos que ocultou a visão do iceberg aos vigias no cesto da gávea.

Não fiquei totalmente convencido através das evidências que ele apontou, algumas delas me parecem à primeira vista não muito bem explicadas; segundo a minha visão leiga. Mas de qualquer modo o documentário é muito bom, e me deixou sim com uma "pulga atrás da orelha".

Não sou capaz de entender de fato a verdade por detrás dos fatos ocultos, mas a teoria de "horizonte falso" para mim pode talvez ter algum fundamento e, quem sabe, ter contribuído para a tragédia... Seja qual tenha sido a verdade, o mais interessante é que a história seja explorada com novas visões, para que os mitos sejam quebrados.

Eu ainda vou concluir esta matéria sobre a trajetória do Carpathia, e se eu conseguir incluirei um depoimento sobre o silêncio que pairou sobre o navio durante a viagem.

Até mais, abraço, agradeço a contribuição com o blog.

Anônimo disse...

Oi, me chamo Ibi.
Desde o começo do ano visito o seu blog com frequência. Eu o achei em meio a tantos outros, só que o seu me chamou mais a atenção do que qualquer ouro que ja tivesse lido. Você escreve com naturalidade, romance, e amor.. Obrigada mesmo por dedicar o seu tempo a nos escrever.
Quando você demora pra digitar algo, fico ansiosa, pensando qual será o seu próximo post. E tem momentos em que penso se você um dia vai parar de nos escrever, bom, espero que não. Toda a história do Titanic ... Não sei se á você, mas me enchem de esperanças e sonhos.
Obrigado por ter na media do possível, sempre uma "Última Matéria" diferente.

Anônimo disse...

Titanic, sempre lembro de você, sempre te amar, nunca se esqueça de você.
ficar ao meu lado.

obrigado.

jose. aurelio.
27 anos
da Europa.

Rodrigo disse...

Oi Ibi

Agradeço a atenção ao blog. Espero poder expandir o conteúdo por um bom tempo; se eu pudesse triplicaria e melhoraria o que já foi feito, mas faço o que está ao meu curto alcance.

Até mais, fico feliz que goste do conteúdo.

Felipe Bairros disse...

Parabéns Rodrigo!

O seu blog continua a me surpreender ainda mais. A cada vez que eu entro no blog e leio mais uma matéria fantástica como esta fico incrivelmente feliz, pela qualidade das postagens!

Abraços! Felipe Bairros.

Rodrigo disse...

Oi Felipe

Obrigado, é muito bom saber que você gosta do conteúdo. O blog vai seguir tranquilamente, e a cada matéria que edito tento melhorar a forma e o conteúdo. Não é um trabalho muito fácil, mas faço da maneira que me é possível.

Até mais, agradeço a consideração.

Unknown disse...

Olá Rodrigo, além de parabenizá-lo, queria pedir para que fala-se um pouco do Hotel White Swan, de uma procurada :) obrigada desde já

Rodrigo disse...

Oi Dalila, obrigado pela atenção ao blog e pela dica. Eu já citei brevemente o Hotel White Swan em três matérias; a primeira é "Titanic, o Nascimento de uma Lenda (2005)", a segunda é "Os interiores do Titanic - o Lounge da 1ª classe" e a terceira é "RMS Olympic, o navio-irmão do Titanic" (há algumas poucas fotos do Lounge do Olympic nestas três matérias).

Mas fica a sua dica; os painéis reaproveitados do Olympic que hoje estão no Hotel White Swan realmente merecem uma matéria própria; se surgir tempo e disposição, certamente vou editar uma matéria apenas sobre o assunto.

Até mais

Anônimo disse...

Dalila rosa.

Eu não sei se você sabe, mas você pode ver neste vídeo, uma visão ampla do hotel.

esta no (You Tube). Este é o endereço.

Mundos Perdidos Construindo o Titanic dublado completo.

Espero ter ajudado.

Rodrigo disse...

Oi Dalila. Conheço o documentário. Se eu chegar a editar no futuro uma matéria apenas para o Lounge do Olympic, eu o incluo. Até mais, agradeço a dica.

Lucas Vertine disse...

Olá Rodrigo

Há quanto tempo em?! Nesse tempo percebi que é quase impossível um titânico viver sem estar a par de tudo sobre o Titanic inclusive quando vc é um fã do Titanic em foco.

Estive lendo a pouco essa matéria sobre o Carpathia e cheguei na seguinte conclusão: devemos muito ao Carpathia por ele ter salvo aquelas pessoas nos botes desorientadas e sem rumo e também muito abatidas. Para mim mesmo o Carpathia sendo da Cunard Line a concorrente da White Star, notei que eles esqueceram das diferenças e concorrências e decidiram oferecer auxilio as vitimas daquela tragédia. Ás vezes eu penso:odeio a Cunard,mas logo me lembro que foi um navio da Cunard que auxiliou aquelas pessoas e ainda penso:oque teria acontecido se o Carpathia não tivesse ajudado aquelas vitimas.O Carpathia é um navio herói.Muito triste que o Navio Herói tenha naufragado.


ATENCIOSAMENTE LUCAS VERTINE KENDAVÉL

Rodrigo disse...

Oi Lucas, pois é, faz um tempo que você passou por aqui.

No mar não existe concorrência em caso de acidente, todos os que colocam suas vidas sobre as ondas estão abertos a colaborar com quaisquer outros que precisem de ajuda. Quantos e quantos navios e outras embarcações foram socorridas por embarcações de empresas concorrentes, e o Carpathia é apenas mais um dos milhares de casos. O que realmente me encanta e impressiona é a extrema atitude ativa e positiva do capitão Arthur H. Rostron; ele foi de uma presença de espírito, agilidade e prontidão sem par, um verdadeiro herói, ainda dado ao fato de que ele não pode chegar a tempo. Por isto mesmo foi condecorado e reconhecido pelo seu esforço.

A história do Titanic se tão mais impressionante quanto mais se presta atenção nos detalhes, sempre.

Até mais, agradeço a visita e atenção à matéria.

Jose Aurelio disse...

oi rodrigo, Escrevo apenas, um comentário, por matéria, mas desta vez eu vou fazer uma exceção. Espero não incomodar. ouvir com atenção, vai aumentar o seu conhecimento de mais questões.

Eu sempre concordo com você e seu blog, meus pensamentos e emoções, quero compartilhar minha sabedoria, para todos, aumentar o conhecimento, se eu fizer, eu vou ser feliz.

Eu quero fazer apenas algumas considerações finais e opiniões nesta matéria. Você fez um trabalho fantástico nesta matéria, como em tudo.

rodrigo, muitas pessoas, que pensam que sabem do Titanic, mesmo que tenha escrito livros, diz coisas, falam sem saber, e faz demagogia. muitas vezes, pela ignorância ou preconceitos errôneos. pessoas inteligentes e capazes que afirmam respeitar o Titanic, mas são nefastos.

também me faz mal ao ouvir os estúpidos,os ímpios,os invejosos,Os mentirosos. que Infelizmente, inundar o mundo. internet, entre outros. e, eu sei, não podemos mudar o mundo. mas eu nunca suportou, a injustiça ea mentira.

sobre o que você diz, a capacidade dos botes salva-vidas, e que poderiam ter salvo mais vidas, é algo que muitas outras pessoas, também diz, eles estão confusos e não entendem. como diz, Don Lynch: "nós tendemos a ver com os olhos do século XXI". e isso é um erro.

Eu tento explicar, Eu tenho, alguns dvds, especiais, do filme titanic 1997 james cameron. neles, ken marschall e Don Lynch falan de muitas, muitas coisas interessantes. sobre o assunto, ¿por que não votaram embarcações à capacidade máxima?.

eles têm uma boa teoria.

ay que compreender o contexto da época, desorganicación, perda de tempo, etc. o navio modelo a tamanho real, para o filme 1997 de james cameron, era de 240 metros de comprimento, como o rms mauretania, muito menor que o real s.s.titanic, 269 metros ​​e nove polegadas.

¿que significa isso? que os turcos, que foram feitos para o filme, são maiores e mais fortes, que os verdadeiros. curiosamente, os feitos para o filme, foi a mesma empresa que o navio real, a Davit & Engineering Company Ltd.

Se você ver o filme, você vê, como eles vibram muito, tanto que James Cameron, temeu que eles quebraram e saíram disparados do convés, imagine a vibração em os reais.

suas palavras textuais. eo que diz Don Lynch a ken marschall é. "Se você pensar sobre isso, essa pode ser a razão pela qual, os oficiais não lançaram as embarcações, com toda a capacidade, os oficiais teriam medo de que os turcos foram quebrados".

ali tem a sua resposta, para um mistério sobre o Titanic, que descobrimos, graças ao filme de James Cameron do 1997.

a verdade é que o Titanic, se comportou muito bem, e salvou 705 pessoas.

Jose Aurelio disse...

mais coisas: Estou muito contente que você coloque a ken marschall.
Eu posso passar horas na frente de seus quadros, sem ficar cansado, Eu o admiro, com todo o meu ser até a morte. meu coração e meu ser vibra com emoção, cada vez que você postar, as pinturas de ken Marschall.

e finalmente: Eu gostei que você colocou a imagem da mini-série de tv 1996. Há também uma imagem da minissérie, em uma de minhas matérias preferenciais de seu blog. a noite em que o rms Titanic naufragou.

Sempre, sempre, sempre, eu vejo este filme.
Eu a amo muito, muito mesmo.

bem, Eu tinha uma vaga lembrança desse filme quando eu era criança, mas não é realmente descoberto até o ano 2008, ela foi colocada em rede nacional de televisão, aqui onde eu moro. desde então, eu me apaixonei por ela, eternamente.

só uma coisa que eu odeio sobre ela, a cena da violação desnecessário, não está certo em um filme sobre o Titanic, mas também tenho que dizer que a cena, embora represente um ato de maldade, também está bem lançado, e é muito respeitoso.

Os efeitos especiais são de outro mundo, maravilhoso, para a época, em 1996. sim, eu sei, os sets são uma bagunça, há muitas imprecisões históricas, mas este filme faz a minha imaginação. bons atores, especialmente george c scott, para mim, o melhor capitão de todos os filmes Titanic. e não a interpretação, se não, em sua semelhança física com o real capitão smith.

Eu o admiro muito, ele era um ator maravilhoso, um homem bonito, um símbolo, ele, pessoalmente, teve uma vida muito agitada, alcoolismo, brigas, e coisas ruins.

ele uma vez disse: "Eu sempre quis ser um ator, para escapar de mim mesmo, eu não gosto de mim mesmo". mas é um dos melhores atores que já viveram, e de todos os filmes do Titanic, meu favorito Capitão Smith.

Esta bem contada, a história do Titanic, boa música, bons atores, efeitos de computador de uma outra dimensão para a época, o primeiro filme em que o navio quebra em dois, bom demais.

este filme é incrível, esta no You Tube, em todas as línguas em todo o mundo, alguns adoram, alguns odeiam. Eu sempre defendi extensivamente na Internet.

Se os fãs do blog, quero vê-lo, está, no you tube, este é o endereço.

Filme Titanic (1996) Completo Dublado

saudações a todos. obrigado.
jose.a da Europa.
27 anos.

Rodrigo disse...

Oi Jose, obrigado por contribuir com suas observações, tudo o que você disse passa exatamente pela minha linha de pensamento, tudo é bem coerente, e realmente contribui para a história como HISTÓRIA.

Sobre os botes salva vidas e a falta de lotação completa, suas observações estão bem corretas, é realmente muito importante lembrar as condições em que eles foram preenchidos e o temor em relação aos mesmos por parte dos oficiais responsáveis. O trabalho no processo de embarque realmente parece ter sido prejudicado, entre outros fatores, pelo medo de que acontecessem acidentes graves devido ao peso de sua capacidade real de lotação. E como você bem lembra, é preciso olhar a história dentro de seu tempo e contexto, e não com os olhos atuais.

Eu nunca vou ignorar nenhum filme feito sobre o Titanic, cada um deles tem valor histórico e cada um deles é parte importantíssima do legado relacionado ao Titanic. “Titanic” (1996) é um dos belos exemplos, cheio de erros e acertos, como todos os demais. Há ótimos momentos do filme que merecem ser relembrados, e a chegada do Carpathia ao porto de New York é um desses bons momentos que fez o filme se destacar como sendo o único que exibe o desembarque de passageiros na América. E o filme realmente merece o destaque absoluto de ter sido o primeiríssimo a exibir a quebra do navio em duas partes, isto é fato importante e muitíssimo curioso.

Muito obrigado pelo apoio e por todas as demais observações; é sobre pensamentos como estes que venho construindo tudo o que penso e entendo sobre o “caso Titanic”; eu sempre faço uma análise de tudo o que pode ser construtivo e esclarecedor, seja nos filmes, documentários, notícias, livros e nos comentários que venho recebendo pelo blog, assim como o seu. Meus conceitos mudam completamente quando encontro respostas que eu acreditava saber, mas que na verdade eram conclusões erradas; resumindo: visões diferentes são muito importantes.

Novamente obrigado, abraço.



Anônimo disse...

incrivel...