Enfim chega aos entusiastas uma informação a muito aguardada...
Foi divulgado nesta semana (dia 27 de março de 2016), através do fórum digital "Titanic
Research Modeling Association - TRMA" a esperada "equipe dos sonhos"
que vai supervisionar a construção da badalada replica do RMS
Titanic na província de Sichuan, China. Durante meses foi dúvida
dos aficionados pelo assunto o quão fiel esta replica iria ser ao navio
real, tudo isso dada a escassez de notícias a respeito deste projeto tão
ambicioso. Mas agora, com o apoio e as
preciosas informações desses profissionais tão conhecidos na comunidade
titânica, podemos certamente garantir a qualidade técnica e visual desta
futura réplica.
São eles:
Bruce Beveridge: Responsável pelo design técnico e visual externo da
nova réplica. Beveridge é conhecido por ter escrito e contribuído para
inúmeros livros e publicações relacionadas aos aspectos estruturais e
visuais do famoso navio, tendo projetado e desenhado ele mesmo diversas
plantas fieis definitivas da embarcação (algumas delas jamais criadas ou
imaginadas na engenharia de 1912).
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Daniel Klistorner:
Responsável e líder da equipe que irá criar o design interior da
embarcação. Junto com Beveridge, Klistorner igualmente contribuiu e
escreveu inúmeras publicações sobre o Titanic, sendo sua maior
especialidade o acabamento e decoração interna do navio.
Steve
Hall: Responsável por registrar e documentar toda a trajetória de
construção da réplica, que se tornará um livro ao final do projeto.
Vale lembrar que os 3 especialistas descritos acima foram co autores,
juntamente com outros, da célebre "enciclopédia" "Titanic - The Ship
Magnificent", também conhecida como TTSM. Esta obra literária, composta
por 2 volumes maciços de mais de 800 páginas cada, é o guia técnico
definitivo e jamais publicado antes de toda a trajetória da construção
do Titanic, a começar por sua engenharia, técnicas e processos de
construção, terminando finalmente no acabamento e design interior do
navio.
Principais características previstas
Utilização: A réplica estática atuará como atrativo turístico e hotel 5 estrelas com todas a amenidades e conforto moderno, contando com passeios guiados de exploração histórica, além de centro turístico e museu em terra, onde planeja-se a exposição de artefatos relacionados ao Titanic.
Tamanho: Terá a mesma altura, largura e comprimento que o navio original, contanto não haja previsão de qual será o peso final (o Titanic original tinha 46 milhões, 328 mil Kg).
Funcionalidade: A réplica não terá motores como os originais porque não atuará no transporte de passageiros, contanto se planeja a recriação cenográfica de vários dos aspectos dos maquinários relacionados à locomoção por meio de cenografia e efeitos hollywoodianos.
Exterior: O grupo promete que a réplica estacionária Titanic será tão similar ao original quanto viável. As evidentes diferenças nas técnicas de construção que afetarão a parte externa serão "maquiadas" com a ajuda de técnicas de cenografia, entre outras medidas que tencionam aproximar o visual ao navio original. Mas adiantam que haverão diferenças visíveis devido à questões técnicas incontornáveis, e que a réplica não seguirá uma acuidade técnica rigorosa.
Recriação dos ambientes internos: Uma porcentagem indeterminada das acomodações internas será reconstruída com acuidade histórica, porém limitadas à áreas icônicas e de maior interesse. Estas áreas estarão ao longo da rota turística que será oferecida. Não foram decididas quais as acomodações internas que serão recriadas, mas sabe-se que a Sala do Leme, a Ponte de Navegação, a Sala de Telégrafo, duas ou três cabines dos oficiais, as suítes de luxo do convés B e pelo menos algumas cabines da 2ª e 3ª classe. Cogita-se também a reconstrução da famosa Scotland Road e um alojamento da tripulação. O grupo também já está trabalhando na reprodução da Sala da Turbina e a sala de caldeiras Nº 01. Haverá ainda mais ambientes reconstruídos, mas ainda não definidos.
Segurança: A réplica não atuará no transporte de passageiros, contanto todas as medidas de segurança modernas serão tomadas com relação ao uso de materiais adequados e a criação de rotas de fuga e um sistema completo anti incêndio e demais medidas de segurança, como em qualquer edificação moderna.
Flutuação: Antecipando - por sugestão - que a réplica pesará menos que o navio original, o grupo chinês anunciou que para que o navio esteja adequadamente assentado sobre a água em sua linha correta de flutuação, o peso faltante será compensado com o envase de água nos tanques de lastro, o que automaticamente fará com que a réplica flutue com o mesmo tipo de nivelação que o navio original.
Segurança: A réplica não atuará no transporte de passageiros, contanto todas as medidas de segurança modernas serão tomadas com relação ao uso de materiais adequados e a criação de rotas de fuga e um sistema completo anti incêndio e demais medidas de segurança, como em qualquer edificação moderna.
Flutuação: Antecipando - por sugestão - que a réplica pesará menos que o navio original, o grupo chinês anunciou que para que o navio esteja adequadamente assentado sobre a água em sua linha correta de flutuação, o peso faltante será compensado com o envase de água nos tanques de lastro, o que automaticamente fará com que a réplica flutue com o mesmo tipo de nivelação que o navio original.
Abaixo: A réplica em estágio de construção vista numa foto aérea. O verdadeiro Titanic media 269,1 metros de comprimento e 28,2 de largura, as mesmas dimensões prometidas para a obra que segue em pleno andamento e em velocidade acelerada.
Propósitos de utilização da réplica são modificados devido aos protestos de descendentes de passageiros mortos no Titanic
Publicada em 12/04/2017 no Dailymail a notícia de que a réplica de ***105 milhões de Libras do Titanic, que está sendo de fato construída na China, está tendo seus propósitos de utilização modificados, em virtude de protestos de familiares descendentes dos passageiros do Titanic sob a acusação de que o projeto é de mal gosto. *** 411 milhões de Reais.
Agora o grupo Chinês começa a direcionar o projeto para algo de melhor gosto, e já eliminaram a idéia de que haveria na réplica do Titanic a simulação de colisão com o iceberg. A mudança de planos parece também ter sido influenciada graças ao apelo de Bruce Beveridge, um dos grandes especialistas contratados.
Com os conhecidos especialistas embarcados no projeto, Bruce Beveridge, Steve Hall e Daniel Klistorner, tudo parece estar sendo melhor encaminhado para que isso venha a ser um tributo emocionante e proveitoso, e não uma ferramenta macabra de exploração da história. Não precisa ser um mausoléu... e nem uma Disney. Só precisa estar delicadamente equilibrado entre o tributo respeitoso e o entretenimento didático... mais do que merecido.
Não se constrói uma réplica do Titanic para simular naufrágio, pelos mesmos motivos que não se constrói uma cópia do World Trade Center para servir de base de salto de bungee jumping, ou uma réplica de Awshiwits para ser uma colônia de férias. Respeito direcionado a estes casos históricos de apelo mundial não se faz apenas necessário, mas fundamental. Caso contrário a opinião pública internacional sem sombra de dúvida vai abominar o resultado final, e com plena razão.
Abaixo: Nestas fotos recentes segue a construção do futuro Titanic estacionário na província de Sichuan, na China. O que se vê tomando formas lentamente é a quilha - espinha inferior do navio - e a adição do fundo duplo. Comparáveis às fotos de época tomadas no início do século passado com a construção do Olympic, navio irmão do Titanic, nos estaleiros Harland and Wolff em Belfast, Irlanda do Norte.
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Crédito
Texto por Victor Vila, SHBT - Sociedade Histórica Brasileira do Titanic (Facebook)
Edição, Rodrigo, Titanic em Foco
3 comentários:
Legal!!
Eles não correm o risco de enfrentarem problemas relacionados à registro de patentes de design e outras coisas com a Harland and Wolff ou com a Cunard (que incorporou a White Star)? Vale lembrar que a H&W existe até hoje e está com planos de voltar a construir navios de cruzeiro novamente!!! Aliás, eles construíram uma doca gigantesca no pórtico que acomodou o Olympic e o Titanic na primeira fase de construção. Por enquanto só está sendo utilizada para reparar outras embarcações.
https://www.google.co.uk/maps/place/Harland+and+Wolff+Heavy+Industries+Ltd/@54.6181945,-5.8975928,1050m/data=!3m1!1e3!4m5!3m4!1s0x486109a3f75d3199:0xf87b05f8be6006f0!8m2!3d54.6047985!4d-5.9002905?hl=en
Bom, eu só posso palpitar porque não entendo como estes procedimentos funcionam. Analisando que este é um projeto enorme, que exige um investimento muito grande e muito suporte, eles sem dúvida estão preparados para qualquer intercorrência jurídica que puder aparecer. Além de que estão empregando gente de grande nome no projeto, gente internacionalmente reconhecida pelos préstimos à história e legado do Titanic, então tudo vai ser muito habilmente endereçado, porque não é um projeto aleatório sem suporte.
Eu sigo torcendo para que tudo isso resulte muito bem em todos os sentidos. Porque se assim for, é uma contribuição à história e legado tão grande como poucas vezes aconteceu nestes 105 anos.
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